sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O que é Geografia? Por que estudar Geografia?


Imagine uma típica manhã.
            Você poderá acordar com uma musica de uma banda de rock inglesa no seu rádio relógio japonês. Talvez a camisa que você vista tenha sido feita em Hong Kong. As laranjas para o suco que você beberá no café da manhã, provavelmente, são brasileiras. O trigo do seu pão foi, com alguma chance, cultivado nas grandes planícies Norte-americanas.
         Ao terminar o seu café, que foi cultivado no estado de Espírito Santo, você escova seus dentes com a escova de dentes fabricada por uma empresa chinesa. Prepara seu lanche com aquele delicioso chocolate feito por uma empresa suíça e com os não menos deliciosos biscoitos recheados, com sabor morango vindo da Argentina, comprados na famosa rede francesa de hipermercados.
         Seu pai lê um artigo no jornal sobre a poluição do ar nos Estados Unidos, provavelmente feito de celulose canadense. O seu tempo dependerá da distancia entre a sua casa e a escola. Finalmente, no momento em que você sai, ocorre um encontro de massas de ar quentes e outra fria, já previsto pela meteorologia da noite anterior e começa a chover. Isso obriga você a entrar em casa outra vez e pegar seu guarda chuva português.
         Como os exemplos mostram, cada um de nós está ligado, de diversas maneiras, a outras partes do mundo. Pensar geograficamente significa pensar sobre tais ligações.

I – após a leitura do texto, responda as questões abaixo:
a)  Retirem do texto os produtos e objetos citados com o seu país de origem?
b)  Explique, de que forma você observa a Geografia em seu dia a dia?
c)   Justifique a afirmação: ESTUDAR GEOGRAFIA É UMA FORMA DE COMPREENDER O MUNDO EM QUE VIVEMOS.
d)  Trazer recortes de produtos vindo de outros países, para ser trabalhado na sala de aula.

UMA BOA EXPERIÊNCIA

PROJETO JORNAL MURAL


Visando valorizar as produções de textos dos meus alunos e com isso estimulá-los a elaborarem cada vez mais textos complexos; dei início a um Projeto chamado Jornal Mural. O Jornal Mural fica exposto no pátio da escola, onde todos têm acesso facilitado para ler, pois passam por lá várias vezes no dia.
O Jornal Mural é dividido em várias sessões: "Nosso Atêlie", “Nós Somos os Autores”, “Abra a Boca”, “Curiosidades”, “Editorial”, “Foto da Semana”, “Cantinho Verde” e “Espaço Livre”.
Na sessão “Nosso Atêlie” são publicados trabalhos artísticos dos alunos; na sessão “Nós Somos os Autores” são editados as produções de textos; na sessão “Abra a Boca” funciona um quadro criado por Célestin Freinet (Eu Felicito/Eu Critico/Eu Proponho) onde todos os alunos podem expor suas idéias sobre qualquer assunto que queiram; na sessão “Curiosidades” são exibidos informações interessantes sobre qualquer assunto; na sessão “Editorial” são publicados textos de autoria da Educadora da sala de aula; na sessão “Foto da Semana” fica em exposição fotos dos alunos da classe sempre com um comentário a respeito; na sessão “Cantinho Verde” tem a vez o Meio Ambiente e por último na sessão “Espaço Livre” são as outras séries que podem publicarem seus artigos.
Em pouco tempo já são nítidos os avanços alcançados, pois sabendo que suas produções serão expostas a toda escola, eles mesmos se preocupam em caprichar mais na caligrafia, nos desenhos e escreverem mais corretamente. Com os elogios que recebem a auto-estima deles aumenta e com isso o estímulo aparece. E cada vez mais se esforçam para terem suas produções selecionadas entre outras para serem publicadas no Jornal Mural.

Autora do Projeto: Andreza Alves da Silva

O QUE É

Tsunami
          É uma série das ondas de água causada pelo deslocamento de um grande volume de um corpo de água, como um oceano ou um grande lago. Tsunamis são uma ocorrência frequente no Japão; aproximadamente 195 eventos desse tipo foram registrados. Devido aos imensos volumes de água e energia envolvidos, tsunamis podem devastar regiões costeiras. Acidentes podem ocorrer de forma elevada, visto que as ondas se movem mais rapidamente do que os seres humanos.
Terremotos, erupções vulcânicas e outras explosões submarinas (detonações de artefatos nucleares no mar), deslizamentos de terra e outros movimentos de massa, impactos bólidos, e outros distúrbios acima ou abaixo da água têm o potencial para gerar um tsunami.
          O historiador grego Tucídides foi o primeiro a relacionar tsunami a terremotos submarinos, mas a compreensão da natureza do tsunami permaneceu escassa até o século XX e ainda é objeto de pesquisa. Muitos textos antigos geológicos, geográficos e oceanográficos referem-se a tsunamis como "ondas sísmicas do mar".
          O termo "tsunami" provém do japonês, significa "porto" (tsu, ) e "onda" (nami, ).
          Tsunamis são muitas vezes referidos como ondas de maré. Nos últimos anos, este termo caiu em desuso, especialmente na comunidade científica, porque tsunami realmente nada têm a ver com as marés. O termo outrora popular deriva de sua aparência mais comum, que é a de um macaréu extraordinariamente alto. Tsunamis e marés produzem ondas de água que se movem em terra, mas no caso do tsunami o movimento da água em terra é muito maior e dura por um longo período, dando a impressão de uma maré extremamente alta.
          Um tsunami pode ser gerado quando os limites de placas tectônicas convergentes ou destrutivas movem-se abruptamente e deslocam verticalmente a água sobrejacente. É muito improvável que esses movimentos podem formar-se em limites divergentes (construtivo) ou conservativos das placas tectônicas. Isso ocorre porque os limites construtivos ou conservadores em geral não perturbam o deslocamento vertical da coluna de água. Terremotos relacionados a zona de subducção geram a maioria dos tsunamis.
          Tsunamis têm uma pequena amplitude (altura da onda) em alto mar e um comprimento de onda muito longo (muitas vezes centenas de quilômetros de comprimento), sendo por isso que geralmente passam despercebidos no mar, formando apenas uma ligeira ondulação de normalmente cerca de 300 milímetros (12 pol) acima do normal superfície do mar. Eles crescem em altura quando atingem águas mais rasas, em um processo de empolamento da onda descrito abaixo. Um tsunami pode ocorrer em qualquer estado de maré e até mesmo na maré baixa ainda pode inundar áreas costeiras.

TSUNAMIS HISTÓRICOS:

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

UM BOM TEMA PARA DEBATE

Como a TV escraviza
Para estudiosos da comunicação ou do comportamento humano, há uma diferença colossal entre assistir diariamente ao "Discovery Channel", por exemplo, e a um programa de auditório recheado de closes ginecológicos e/ou cenas de violência. Porém, seja qual for a qualidade do programa, o meio de comunicação, por si só, se consumido em excesso, é capaz de causar grandes estragos. No caso, certas funções orgânicas do telespectador, como as faculdades cognitivas ou até as articulações e a postura, é que são prejudicadas. E mais: a TV, tal qual o cigarro e o álcool, pode causar dependência.

Assim como o dependente de cocaína tem o impulso de cheirar mais para manter o estado de euforia, o telespectador conto mas sente necessidade de ficar grudado à TV para manter a sensação de relaxamento que o hábito produz. Essa foi a conclusão de um amplo estudo realizado pelos pesquisadores americanos Robert Kubey, diretor do Centro de Estudos de Mídia da Universidade Rutgers, e Mihaly Csikszentmihalyi, professor de psicologia da Universidade de Claremont.

Para o estudo, a dupla monitorou as ondas cerebrais, a resistência da pele e os batimentos cardíacos de voluntários diante da televisão. Sua principal contribuição foi explicar o que faz as pessoas se tornarem escravas da televisão.

Quando assiste à TV, a pessoa se sente relaxada, mas essa sensação se esgota tão logo o aparelho é desligado. Porém o estado de passividade e de diminuição de atenção permanecem.

Mas, claro, a televisão informa, diverte, entre outros atributos. E nem todo fã da telinha é viciado nela. Saber como se dá o poder de atração da TV sobre o telespectador pode ajudá-lo a exercer um controle sobre ela.

Em texto publicado na revista "Scientific American", a dupla de pesquisadores afirmou que participantes desse tipo de pesquisa dizem que a televisão chupou-lhes a energia, deixando-os desabilitados, com mais dificuldade em se concentrar. Muitos, diz o texto, também relatam melhora no humor após a prática de esportes. Mas, depois de ver televisão, o humor deles não se altera ou fica pior do que antes. Outra curiosa constatação da pesquisa: quanto mais tempo as pessoas passam diante da televisão, menos satisfação elas conseguem obter.

O tempo considerado ideal para manter o corpo e mente ilesos dos danos que o excesso de TV pode causar é de uma hora diária, em média, segundo diversos estudos. "A média do brasileiro é de quatro horas e, em São Paulo, chega a seis horas diárias", diz Gabriel Priolli, crítico de televisão e presidente da Associação Brasileira de TV Universitária. Os europeus dispensam três horas e meia, os americanos, uma hora a mais.

Em entrevista por e-mail ao Equilíbrio, Robert Kubey alerta: "Se você assiste à televisão por cerca de três horas por dia, quando chegar aos 75 anos, você terá gasto nove anos inteiros da sua vida vendo TV. E, se dorme oito horas por dia, terá permanecido acordado apenas 50 dos 75 anos."

Segundo levantamento da ONU, 93% das crianças do mundo têm acesso à TV. E elas passam pelo menos 50% mais tempo ligadas ao aparelho do que em qualquer outra atividade não-escolar. Entretanto a TV não pode ser considerada o bicho-papão que "estraga" a criança. "É um companheiro dela e, muitas vezes, sua babá. É preciso que os pais limitem seu uso", diz Ana Mercês Bahia Bock, presidente do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo.

SUGESTÕES DE ATIVIDADE:
  1. Peça para seus alunos pesquisarem sobre a história da TV;
  2. Elabore uma lista dos programas de TV mais assitidos por seus alunos. Peça para que cometem sobre os programas, seus pontos positivos e negativos;
  3. Representar o tema em forma de dramatização.

Avaliação escolar: o que significa?

           Em nosso cotidiano estamos constantemente avaliando e sendo avaliados por aqueles que conosco estabelecem processos de interação, mesmo que muitas vezes não o percebamos conscientemente. Há, entretanto, um espaço onde essa avaliação determina muitas vezes o destino dos sujeitos: a escola.
          A avaliação escolar é explicitada através das notas que os alunos conseguem obter, porém, a forma pela qual essa avaliação é representada pelos professores, freqüentemente vem provocando sérios prejuízos àqueles que a ela são submetidos. A desvalorização por boa parte dos professores dos conhecimentos que os alunos trazem de sua vivência no cotidiano faz com que muitas vezes estes fiquem quase que totalmente desmotivados para a aprendizagem que deles vai ser exigida pelo currículo escolar.
          Se o aluno não conseguiu apreender os conhecimentos e competências que a instituição pretendia que ele o fizesse, é classificado como fracassado. Esteban (2001) dá sua contribuição ao constatar que a forma pela qual o saber e o não saber são vividos no cotidiano escolar torna-se relevante para a compreensão dos mecanismos que possibilitam a construção do sucesso de alguns e o fracasso de muitos.
         Os saberes construídos fora do contexto escolar perdem sua validade na escola, uma vez que só são valorizados os padrões determinados pela instituição, e o aluno da camada social menos favorecida, fracassa diante da expectativa a seu respeito. A escola determina quais as competências que o aluno deve adquirir. Enfatiza a autora que a avaliação tem estreita relação com a interpretação que o professor faz das respostas dadas pelos alunos e é especialmente significativa, no caso das crianças que chegam a escola portando estruturas de compreensão diferentes daquelas aceitas pelas normas estabelecidas.
          Usualmente a avaliação é vista pelo aluno um ato unilateral para promoção, e não como parte constituinte do processo de ensino – aprendizagem e, para muitos professores, é mais um ritual exigido pela escola, tendo em vista a premiação dos melhores. Isso faz com que a avaliação seja vista pelos educandos como um castigo e, muitas vezes, pelos professores como um meio de demonstrar sua autoridade, punindo o aluno pelos erros que muitas vezes ele próprio provocou. Neste estudo assumimos a concepção de avaliação formativa de Perrenoud.
          A prática avaliativa, que ocorre na maioria das instituições, dá maior ênfase aos aspectos quantitativos. Avaliar qualitativamente significa valer-se, não apenas de dados quantificáveis, mas utilizar estes dados dentro de um quadro mais amplo, onde o envolvimento e comprometimento do professor são fundamentais. Através dessa prática, educando e educador, são colocados frente às suas expectativas.
          Nesse tipo de avaliação o educador deixa de ser um coletor de dados quantificáveis para se tornar um investigador da aprendizagem do aluno, da forma pela qual estão aprendendo e do que fazer para melhora-la, interpretando os fatos dentro de um quadro de valores que fundamentam sua postura. Zacur (1993) põe em destaque a contribuição que Vigotsky deu à compreensão do fracasso escolar, ao mostrar que a avaliação inadequada não prejudica apenas a aprendizagem do aluno, mas, também traz como conseqüência, prejuízos ao seu desenvolvimento.
          Avolumam-se os efeitos destrutivos em diferentes níveis: em nível afetivo, perda da auto-estima; em nível cognitivo, negação do já construído; em nível volitivo ; submissão ao controle do outro, ou seja, a criança reprovada é obrigada a voltar a estaca zero e, de fracasso em fracasso, passa realmente a acreditar que de fato é incapaz. Perrenoud (1999), evidencia que a avaliação escolar, mais cedo ou mais tarde, cria hierarquias de excelência em função das quais se decidirá o prosseguimento no curso seguido, o papel na sociedade e, também, a entrada no mercado de trabalho.
          Enfatiza que o que separa o êxito do fracasso é um ponto de ruptura. introduzido em uma classificação e, qualquer que seja sua justificativa teórica ou prática, esta ruptura introduz uma dicotomia no conjunto de alunos. Se estiver acima do patamar do ponto de ruptura tem êxito, se estiver abaixo deste ponto é considerado como fracassado.
         A avaliação escolar vem se constituindo em um problema há longa data e, desde sempre, vem excluindo a grande maioria da população do acesso ao saber. Estigmatiza a ignorância de alguns para melhor celebrar a excelência de outros. É ela quem decide quem continuará estudando, o papel que desempenhará na sociedade, bem como quem entra no mercado de trabalho e quem fica no meio do caminho (Perrenoud, 1999).
          Acreditamos, pelo contexto apresentado, que esses sentidos não vêm indicando uma compreensão do importante papel que a avaliação formativa desempenha no processo ensino - aprendizagem. Pensamos com Afonso apud Esteban (2001) que "inverter a representação distorcida e errada sobre a avaliação formativa é difícil, numa época como a atual em que a ideologia neoliberal vem ganhando adeptos ao pôr a tônica em formas de avaliação estandardizadas e ao valorizar apenas os resultados mensuráveis, quantificáveis e supostamente mais objetivos" .

Algumas dicas de boas maneiras na escola


As boas maneiras constituem a base do relacionamento em todos os aspectos da nossa vida. Sua importância no ambiente escolar e na educação de uma criança equipara-se à de aprender a ler, escrever e contar. Cabe ao professor conscientizar-se de sua função, para promover e manter um ambiente alegre, agradável e saudável na sala de aula, com a participação e a colaboração dos alunos.
As boas maneiras no ambiente escolar são baseadas na demonstração do interesse e da consideração pelas pessoas. Às vezes, a cortesia comum não é suficiente. Há várias situações na vida que exigem o conhecimento exato do que dizer, como agir, o que vestir, o que escrever. O sucesso das pessoas se deve em parte ao fato de saberem como se comportar em quase todas as situações. Algumas dicas básicas devem ser incorporadas ao cotidiano de professores e alunos:
 Fazer uso das palavras "mágicas" sempre que necessário: por favor; com licença; obrigado(a); desculpe.
 Cumprimentar as pessoas ao chegar e despedir-se ao sair.
 Demonstrar respeito pelas outras pessoas, sejam elas mais velhas, da mesma idade ou mais novas.
 Respeitar a privacidade dos outros: não mexer na mesa, na bolsa ou mochila dos colegas sem a autorização deles nem ler qualquer material que não lhe pertença.
 Não interromper a conversa das pessoas.
 Esperar a sua vez de falar e escutar com atenção o que os outros têm a dizer.
 Relacionar-se da melhor maneira possível com os colegas e professores.
 Ser pontual. Não deixar as pessoas esperando por você.
 Elogiar os colegas, sempre que cumprirem bem a sua tarefa ou fizerem um esforço para melhorar.
 Dar crédito a quem merece. Em hipótese alguma aceitar um elogio pelo trabalho de outra pessoa.
 Se estiver numa função de supervisão, fazer as críticas necessárias e justificá-las.
 Se tiver de corrigir ou repreender alguém, fazê-lo em particular, para não constranger a pessoa na frente dos colegas.
 Evitar a discriminação de seus colegas por qualquer motivo. Não criticar ou culpar as pessoas pelas costas, sem que elas possam defender-se.
 O sorriso é fundamental para facilitar o entendimento e gerar simpatia, desde que não seja irônico e debochado.
 Evitar gritos como meio de chamar as outras pessoas.
 Evitar o uso da sala de aula como toalete: nunca passar batom, pentear o cabelo, lixar ou pintar as unhas no horário de aula.
 Devolver tudo que pedir emprestado aos colegas, como canetas, livros ou guarda-chuva.
 Não cultivar o hábito de pedir dinheiro emprestado para pequenas coisas, como almoço e ônibus, pois é comum esquecermos de pagar pequenas quantias.
 Não ser inconveniente: evitar a interrupção do trabalho alheio para bater papo.
 Oferecer apoio aos colegas que precisarem. Se souber de alguém que está passando por uma crise pessoal ou um período difícil, ouvi-lo com compreensão.
 Se alguém lhe fizer uma gentileza, responder com uma nota de agradecimento.
Procurar não falar demais sobre seus conhecimentos e suas qualidades. Não usar seu sucesso pessoal como uma forma de humilhar os companheiros ou criar antipatia.
Nem sempre é fácil controlar emoções em situações de trabalho, mas vale a pena tentar. Analisando os nossos defeitos e as exigências do nosso trabalho, podemos descobrir onde estão as nossas falhas e corrigi-las.

A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NA SALA DE AULA


          Quando pensamos em música, logo imaginamos o ouvido como órgão importante de sentido, mas é o cérebro que interpreta as ondas sonoras recebidas pelo ouvido.
          Assim como todos os sentidos externos do corpo humano (audição, olfato, tato, paladar e visão) a audição é resultado de uma interpretação cerebral. Quanto mais rica for uma música em seus diferentes sons (agudos, médios e graves), timbres (cordas, sopro e percussão), ritmos (pulsações), velocidades (notas longas, médias e curtas), intensidade (forte, média e fraca) com harmonia (combinação de sons simultâneos), mais o cérebro de quem a ouve será estimulado.
          Recomenda-se às crianças em idades iniciais do desenvolvimento cerebral (0 a 6 anos) ouvir músicas eruditas, a exemplo das "clássicas", por serem ricas em expressões sonoras propícias ao desenvolvimento da acuidade cerebral auditiva, característica esta que é de grande importância para a aprendizagem de idiomas.
          A música, arte de combinar os sons, é uma excelente fonte de trabalho escolar porque, além de ser utilizada como terapia psíquica para o desenvolvimento cognitivo, é uma forma de transmitir idéias e informações, faz parte da comunicação social.
         Na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I, usa-se a música há muito tempo em sala de aula, mas normalmente de uma forma lúdica, sem cobrança pedagógica do conteúdo aos alunos, salvo algumas exceções.
         No Ensino fundamental II a música é raramente utilizada, mas ao professor interessado em enriquecer a sua prática pedagógica com música cabe estar atento à pertinência do tema musical à matéria lecionada e fazer um planejamento que permita ao aluno desenvolver análise e interpretação da letra, defendendo-a, rebatendo-a e/ou lhe acrescentando algo.
          Antes de apresentar a música aos alunos, deve-se ter consciência do tema a ser trabalhado e do conhecimento prévio dos alunos. Se necessário for, deve-se subsidiar o aluno com pré-requisitos conceituais.
          Como um exemplo daquilo que se pode fazer em sala de aula será apresentado uma atividade que pode ser aplicada por professores interessados.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

PARA VOCÊ PROFESSOR

Um exercício diferente

Falar coisas boas para si mesmo, comprovadamente, o coloca em condições emocionais mais favoráveis. Afinal, você recebe constantemente mensagens negativas de inúmeras maneiras. E, possivelmente, lhe são dirigidas mais críticas do que elogios, rotineiramente. Sem que tenha o justo reconhecimento por seus méritos. Então, faça-o você mesmo. Por que se você não se der valor quem vai dar?

Primeiro passo
Faça uma lista das palavras que o inspiram e estimulam. Por exemplo: felicidade, amor, alegria, esperança, segurança, saúde, beleza, confiança, bondade, sucesso, prazer, conquista, liberdade, amizade, obrigado, já.

A seguir, leia suas palavras em voz alta, no tom que julgar mais apropriado para cada uma delas. Brinque com elas, empregando diferentes formas. E acrescente novas expressões a sua coleção continuamente, tais como: motivado, fértil, ótimo, realização, caráter, simpático, positivo, vencer, construir, sorrir, útil entusiasmo, dinheiro, sonhar, conquistar, hoje.

Segundo passo
Forme frases curtas e leia-as em voz alta, como:
  • A vida é boa.
  • Hoje será um grande dia.
  • Vai dar tudo certo.
  • É claro que posso.
  • Eu tenho saúde, tenho alegria, tenho entusiasmo.
  • Eu sou um campeão.
  • Eu nasci para o sucesso.
  • Vou realizar os meus sonhos.
  • Eu mereço ser feliz.
  • O mundo é fértil em oportunidades.
  • Eu conquistarei fartura, fartura, fartura, ...
  • Eu sou capaz e posso sempre melhorar.
  • Eu amo a vida.
  • Eu te amo.
  • Eu me amo.
  • Sim, sim, sim.
  • Esperança no futuro é poder no presente.
  • Eu posso. Eu consigo. Eu vou. Hoje. Agora. Já.
Se você realizar este exercício olhando-se no espelho, comprovará o quanto a sua fisiologia se altera na medida em que fala as frases em voz alta e com entusiasmo.

Por fim, você acabará incorporando a tendência de ficar com o corpo e o olhar altivo e sentindo-se compelido à ação. Enquanto que a sua auto-estima e autoconfiança não irão parar de crescer.

ALFABETIZAÇÃO

Produzindo textos antes de saber escrever
Disciplina: Língua Portuguesa
Ensino Fundamental: Alunos do 1º ao 5º ano
Assunto: Organização do trabalho de alfabetização
Tipo: Metodologias

Uma das maneiras de os alunos não alfabetizados terem contato com a linguagem escrita é por meio da escuta da leitura de textos produzidos em linguagem escrita.

Para isso, é preciso planejar as aulas de modo que haja leitores que possam ler para os alunos que ainda não saibam ler: professor, alunos já alfabetizados da mesma classe ou de classes mais avançadas, outros professores, pais de alunos, por exemplo.

Os alunos, então, podem:
·  Ouvir a leitura de contos e recontá-los, procurando aproximar-se da linguagem utilizada pelo autor do texto.
·  Solicitar que um companheiro registre o texto para posterior publicação.
·  Gravar o texto — em áudio e/ou vídeo —, lendo-o para que outros possam conhecê-lo.
·  Ouvir a leitura de notícias e depois ditá-las para que um parceiro que saiba escrever um pouco melhor registre-as, para depois montarem um jornal da classe, mural, impresso ou falado.
·  Ouvir a leitura de verbetes enciclopédicos para compor fichas descritivas de animais, plantas, povos indígenas — ou outros assuntos — que comporão pequenos cadernos, “dicionários”, arquivos, pastas sobre temas específicos em estudo.
·  Ouvir a leitura de regras de determinados jogos e, depois, produzir regras a serem escritas em folhetos explicativos, para jogos criados pela classe.
·  Estudar sobre determinado assunto, a partir da leitura de textos impressos sobre o tema, e depois apresentar sínteses escritas — registradas por um colega que já saiba escrever (parceiro mais proficiente) — a respeito do que foi estudado, compondo cadernos, arquivos, pastas e murais.
·  Fazer parte da roda de leitores, na qual participantes diferentes — professor, alunos de outras classes, pais de alunos, encarregado da sala de leitura, por exemplo — leiam seus textos prediletos para os alunos da classe.
·  Participar de saraus literários de poemas e contos, ouvindo a leitura dos mesmos.

ALFABETIZAÇÃO

O que se aprende primeiro: o escrito ou a escrita?
Disciplina: Língua Portuguesa                                           
Ensino Fundamental: Do 1º ao 5º ano
Assunto: Organização do trabalho de alfabetização
Tipo: Metodologias

Um aspecto fundamental a ser considerado quando se está alfabetizando é que não é preciso esperar que as crianças saibam grafar a linguagem para produzir textos em linguagem escrita.

Hoje já se sabe que é possível aprender a linguagem escrita antes mesmo de saber grafar a linguagem. Isso porque se compreende que a linguagem escrita não pode ser reduzida ao suporte gráfico, assim como a linguagem oral não pode ser reduzida à materialidade sonora.

Por exemplo, é possível transcrever uma entrevista gravada, uma conversa telefônica, uma palestra. Esses são discursos que foram produzidos oralmente e, no entanto, podem ser transcritos, registrados por escrito. Nesse caso, estaremos grafando a linguagem oral. É por isso que os jornalistas, antes de publicarem entrevistas na mídia impressa, precisam ajustar o texto, procurando aproximar a linguagem oral da linguagem escrita.

Da mesma forma, é possível produzir um discurso em linguagem escrita, ainda que vá ser proferido oralmente, como é o caso de conferências, palestras ou pronunciamentos oficiais, nos quais o registro é formal e o discurso é marcado por uma linguagem característica de situações públicas de comunicação.

Para a alfabetização, essa é uma informação fundamental: mostra que a linguagem escrita pode ser aprendida antes mesmo que o aluno tenha compreendido o sistema de escrita e ainda que não saiba escrever.

Quando um aluno reconta oralmente um conto de fadas que acabou de ouvir, procurando aproximar o reconto da forma como o autor o escreveu, ele estará apreendendo características da linguagem escrita, presente nos textos.

Assim, não é necessário que o professor planeje suas atividades em torno de textos organizados lingüisticamente a partir de uma seleção de “famílias silábicas” específicas, até que o aluno “domine o código” para, só depois, trabalhar com textos efetivos, que circulam em outros lugares que não a escola.

Apesar de se acreditar que esse procedimento facilita a aprendizagem do aluno, essa orientação tem produzido efeitos nefastos, por exemplo, alunos que só produzem “textos” por justaposição de frases, organizadas em períodos simples (quase sempre compostos por sujeito, verbo de ligação e predicativo) — como “A bola é do menino. O menino é levado.” —, os conhecidos “textos cartilhescos”.

Dessa forma, a construção do conhecimento relativa à natureza do sistema de escrita deve acontecer paralelamente — e não anteriormente — à construção de conhecimentos sobre a linguagem escrita.