sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Uma questão de vida

            Percebe-se que a questão ambiental é um fato social e político.
           Trabalhar esse tema na escola constitui-se uma questão de preservação da vida.
          Os Parâmetros Curriculares Nacionais foram elaborados de modo a servir de referencial para o trabalho educativo do professor, podendo ser adaptados à realidade de cada região.
          Os objetivos e conteúdos trabalhados pelo docente devem visar à formação dos indivíduos, proporcionando-lhes conhecimentos de que necessitam para crescerem e atuarem como cidadãos conscientes na sociedade.
          A Educação Ambiental deve ser trabalhada de modo a atender às realidades brasileiras, sempre observando as peculiaridades de cada região e tendo o entendimento de que a preservação ambiental é a preservação da própria vida.
          Observar os ciclos da natureza permite-nos compreender como ela é fundamental para a manutenção da vida e que não se limita ao tempo e ao espaço, mas, para que os processos da natureza sejam realizados satisfatoriamente, o ser humano precisa saber interagir com o meio ambiente. TEIXEIRA, apud Novais (1993 p. 47), afirma que a EA deve ser o resultado de uma reorientação e articulação das diversas disciplinas e experiências educativas que possam facilitar a visão integrada do meio ambiente. Afirma ainda que outro indicativo internacional a favor do meio ambiente e da EA é a Agenda 21 Global, que retrata toda uma preocupação com o meio ambiente. Devido a essa preocupação, o MEC divulgou um documento no qual retrata que o papel da escola e da EA é conscientizar a sociedade.
          Vale ressaltar que o homem enquanto ser social depende do meio ambiente para sua subsistência. Ele reconstrói, explora e se percebe o sujeito desse meio. A relação do homem com a natureza envolve questões sociais e políticas que vêm atingindo o mundo todo, não só o Brasil.
          Hoje, as autoridades estão preocupadas com as mais variadas atuações que o homem vem tendo nos últimos anos nas florestas; citamos, como exemplo, a Amazônia, que é tida como a principal fonte de vida para o nosso ecossistema. Existem vários olhares científicos para os avanços nocivos do homem sobre a natureza. Desse modo, o professor deve fazer um trabalho interdisciplinar através de um planejamento em que o ensino esteja sintonizado com a realidade do aluno, escola–contexto social, no sentido de transformá-la. O importante é ter consciência das reais necessidades que envolvem a relação homem–natureza, procurando equilibrar tecnologia e natureza, visando à preservação da vida.
          Considerando a importância da EA e a visão integrada de mundo, tanto no tempo como no espaço, a escola deverá ampliar os conhecimentos dos discentes, trabalhando a consciência crítica como meio de transformação social, pois alunos conscientes serão cidadãos que se relacionarão com a natureza de forma harmoniosa.

PARA REFLETIR - A APRENDIZAGEM NOSSA DE CADA DIA

A semente de manga
Era uma vez um homem que plantou uma semente de manga no quintal de sua
casa. Todas as tardes, regava com carinho a semente e começava a repetir com verdadeira devoção: “Que produza pêssegos, que produza pêssegos...”. E, assim, chegou a convencer-se de que logo teria um pé de pêssegos no seu quintal.
Uma tarde, viu com emoção a terra fender-se e viu que uma cabecinha verde
lutava para sair em busca dos raios do Sol.


No dia seguinte, assistiu emocionado ao milagre de uma vida que começava a brotar no quintal de sua casa. “Nasceu o pé de pêssegos”, disse o homem com satisfação e orgulho, e até começou a imaginar que, em alguns anos, a família
poderia desfrutar de suculentos pêssegos. À tarde, enquanto cuidava carinhosamente de sua pequena árvore, falava-lhe como a um filho e lhe dizia: “Você tem de ser um verdadeiro pé de pêssegos, bem distinto e diferente dessas árvores de mangas vulgares que crescem silvestres e, nas épocas de
colheita, enchem os quintais das casas”.
A árvore foi crescendo, e, certo dia, o homem viu, primeiro com dúvida, depois com incredulidade e desconcerto, que estava crescendo, no quintal de sua casa, não um pessegueiro, mas um pé de mangas. E o homem disse com irritação
e tristeza: “Não entendo como pôde me acontecer isto. Eu lhe disse tanto que fosse um pessegueiro, e você nasceu um pé de manga!”.


Em Educação, colhemos os frutos de acordo com as sementes que plantamos, mais do que segundo as palavras, os discursos ou sermões dirigidos aos alunos. Não colheremos frutos de criatividade com sementes comuns, cópias, memorizações.
De nada servirá que preguemos e exijamos o respeito se não o semearmos em nossas relações diárias, se não respeitarmos os alunos, os bedéis ou representantes.
Não formaremos verdadeiros cidadãos democráticos com relações autocráticas. Colheremos realmente frutos de solidariedade com uma prática pedagógica dedicada a favorecer o individualismo (carteiras individuais, exames individuais,
trabalhos individuais, quadros de honra individuais, cada um vendo por si mesmo)?


Com frequência, pensamos que o aprimoramento das atitudes e dos valores é uma questão de conselhos e sermões ou de despejar matéria sobre os alunos, sem perceber que o problema se associa mais à forma com que desenvolvemos
o processo educativo do que aos conteúdos. Por exemplo, se queremos alunos criativos, não será de grande utilidade dizer-lhes uma e outra vez que eles devem sê-lo ou lhes pedir para nos recitar as características da criatividade; temos, na verdade, de conduzir à prática educativa, a “provocar a criatividade”. E a criatividade só é provocada confrontando o indivíduo com situações conflitantes, com problemas a resolver, com propostas imaginárias, com desafios pessoais.
Daí decorre que a ênfase educativa não deve ser meramente “educar para”, mas “educar em e para: educar na e para a criatividade, educar no e para o trabalho, educar na e para a cidadania, educar no e para o respeito, educar na e para a solidariedade”.


Fonte: ESCLARIN, Antonio Pérez. Educar Valores e o Valor
de Educar: Parábolas. São Paulo: Paulus, 2002.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

25 DE JANEIRO

DIA DO CARTEIRO
Garantindo a troca de correspondências
     Aguardar ansiosamente a chegada do carteiro foi, durante um longo tempo, a única forma de ter notícias de alguém distante de nós. Até a invenção do telégrafo, do telefone, do rádio e da televisão, o correio era a única maneira segura de dar e receber notícias, trocar idéias e obter informações.
     Hoje, na era das telecomunicações e do correio eletrônico, tornou-se um lugar-comum dizermos que a comunicação não tem fronteiras. Entretanto, existem milhares de pessoas que não têm acesso a telefones, fax, e-mails e às demais formas modernas de comunicação. Esse tema, entre outros, foi tratado de modo comovente por Walter Salles no filme Central do Brasil. A personagem principal, uma professora primária aposentada, garante sua sobrevivência redigindo cartas que as pessoas analfabetas que passam pela Estação Central de trens do Rio de Janeiro querem enviar. São brasileiros que querem localizar seus familiares, dar e receber notícias, revelar seus dramas, mas não sabem nem escrever, nem enviar a carta... Mas acreditam que sempre haverá uma agência de correio ou um carteiro para resolver a entrega.
     O Dia do Carteiro, 25 de janeiro, é uma homenagem a esse profissional que percorre distâncias, muitas vezes enfrentando barreiras difíceis para garantir a informação aos que não dispõem de outras formas de comunicação.

História da profissão de carteiro

     Num passado que alcança 3000 a.C., mensageiros velozes ou corredores decoravam recados e levavam-nos para seus governantes. Não havia demanda para um serviço postal geral porque poucas pessoas sabiam ler ou escrever.
As primeiras cartas foram gravadas em argila ou bronze e, mais tarde, em osso ou madeira, protegidas por um revestimento de cera. Posteriormente passaram a ser escritas em pele de animal ou em materiais de origem vegetal (papiro).
     Cesar Augusto (63 a.C.-14 d.C.), o primeiro imperador romano, criou o primeiro sistema postal moderno. Precisando de comunicações rápidas para manter seu império unido, abriu boas estradas para seus mensageiros. Mas com o final do Império Romano, o sistema postal que criara também desapareceu e não houve muita comunicação entre os povos da Europa, em escala organizada, até o princípio do século XIV. Entretanto, os escritos de Marco Pólo (1254-1324) descrevem na China de Kublai Khan um sistema de mensageiros a cavalo. No século XIII, os astecas do México e da América Central mantinham um sistema de malotes para distribuir peixe fresco entre os seus cidadãos.
     Durante o século XV, o rei Eduardo IV da Inglaterra estabeleceu um sistema de caixas postais destinadas a transportar inicialmente apenas a correspondência oficial. Há registros de que em 1683, cartas podiam ser enviadas para qualquer lugar dentro de Londres. O primeiro selo postal do mundo foi emitido na Grã-Bretanha em 1640.

Os Correios no Brasil
     Com a chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, em 1500, surgiu a primeira correspondência oficial ligada ao país. Escrita por Pero Vaz de Caminha e enviada a dom Manuel, rei de Portugal, relatava o descobrimento da nova terra. Assim, o documento histórico tido como a certidão de nascimento do Brasil foi escrito em forma de carta. Com ela, estava também sendo escrita a primeira página da história dos correios no Brasil.
     Os primórdios dos serviços postais no Brasil-Colônia ligam-se à precariedade desses serviços em Portugal, que muitas vezes tinha necessidade de recorrer aos serviços das nações vizinhas.
     Durante o período imperial, a chegada da família real ao Brasil abriu caminho para que o serviço postal pudesse se desenvolver, a partir da elaboração do 1º Regulamento Postal do Brasil.
     Quando começou a funcionar oficialmente, em 1798, o Correio Geral da cidade do Rio de Janeiro contava com um administrador, um escrivão, um ajudante, um contínuo e uma balança. Algumas providências importantes foram tomadas, como a criação de caixas postais em 1801. Além disso, em 1844 foram criados os cargos de carteiro para a distribuição domiciliar das cartas e o de pedestre, isto é, auxiliar dos carteiros e condutor dos malotes. Durante seu reinado, Dom Pedro II promoveu grande desenvolvimento nos serviços postais.
     No período republicano, a aquisição de novas máquinas, a ampliação da área de atuação interna e externa, a evolução dos transportes e a implantação do correio aéreo representaram grande avanço na expansão dos serviços às populações de grande parte do país. Nesse sentido, em 1969 foi criada a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), como empresa pública vinculada ao Ministério das Comunicações. Em 1989 iniciou-se a implantação do sistema de franchising para as agências da ECT.
     Hoje a empresa é a maior empregadora do setor público, servindo a 77% dos brasileiros com a entrega domiciliar, contando com 82 mil funcionários, uma frota de 9 mil veículos e um volume diário de 24,9 milhões de objetos.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

6 DE JANEIRO

DIA DE REI
Das figuras bíblicas mais intimamente ligadas à tradição religiosa do povo destacam-se os Reis Magos, ou melhor, os Santos Reis uma vez que a hagiologia romana considera-os bem aventurados.
O simbolismo dos Reis Magos é amplo e emprestam-lhes os exegetas as mais diversas interpretações. Estão ligados intimamente às festas do Natal e deles nasceu, praticamente, a tradição do Papai Noel, pois os presentes dados nessa ocasião reproduzem que os magos do Oriente, depois de cumprida a rota que lhes indicava a estrela de Belém, prestaram a Jesus na gruta onde ele nascera
As referências bíblicas são vagas e o episódio quase passa despercebido dos evangelistas, mas as contribuições da tradição patriática são muitas e, como elas têm força de fé e verdade, nelas devemos buscar grande parte das coisas que se contam dos santos Belchior, Gaspar e Baltazar já referidos pelos profetas do Velho Testamento, que vaticinavam a homenagem dos Reis ao humilde filho de Davi que deveria nascer em Belém.

De onde vieram e o que buscavam, pouca gente sabe. Vinham do Oriente e Baltazar, o mago negro talvez viesse de Sabá (terra misteriosa que seria o sul da Península Arábica ou, como querem os etíopes, a Abissínia). Simbolizam também as três unicas raças bíblicas, isso é, os semitas, jafetitas e camitas. Uma homenagem, pois, de todos os homens da Terra ao Rei dos Reis.

Eram magos, isto é, astrólogos e não feiticeiros. Naquele tempo a palavra mago tinha esse sentido, confundindo-se também com os termos sábio e filósofo.

Eles prescrutavam o firmamento e sentiram-se chocados com a presença de um novo astro e, cada um deles, deixando suas terras depois de consultar seus pergaminhos e papiros cheios de palavras mágicas e fórmulas secretas, teve a revelação de que havia nascido o novo Rei de Judá e, que ele, como soberano, deveria, também, prestar seu preito ao menino que seria o monarca de todos os povos, embora o seu Reino não fosse deste mundo.

O simbolismo dos presentes
Conta ainda a tradição que, ao chegar a Canaã, indagaram os Magos onde havia nascido o novo Rei de Judá. Essa pergunta preocupou Herodes, que hoje seria considerado um quisting a serviço dos romanos, e que reinava na Judéia.

Os representantes do Império preocupavam-se com o aparecimento de um novo lider do povo de Israel. A revolta dos macabeus ainda não fora esquecida e o povo oprimido esperava, ansioso, pela vinda do Messias que iria libertar o Povo de Deus e cumprir a palavra do salmista: "Disse o Senhor ao meu Senhor senta-te à minha direita até que ponho os teus amigos como escarbelo aos teus pés".

Os magos procuram conforme conselho de Herodes o novo Rei para render-lhe homenagem e para informar o representante romano do lugar onde nascera o Messias a fim de, com falso preito, sequestrá-lo.

No presépio encontramos apenas os animais e os pastores e, inspirados pelo Espírito Santo, curvaram-se diante do filho do carpinteiro de Nazaré e depositaram, ao pé da mangedoura que lhe servia de berço, os presentes: ouro, incenso e mirra, isto é prendas que simbolizavam a realeza, a divindade e a imortalidade do novo Rei, e grão de areia que cresceria e derrubaria o ídolo de pés de barro (simbolo das grandes potências que se sucederam no domínio do mundo), do sonho de Nabucodonosor decifrado pelo profeta Daniel.

Símbolos da humildade
Na tradição cristã os três Reis Magos simbolizavam os poderosos que deveriam curvar-se diante dos humildes na repetição real do canto da Virgem Maria à sua prima Isabel, e "Magnificat", pois sua alma rejubilava-se no Senhor, que exaltaria os pequenos de Israel e humilharia os poderosos.

A igreja cultua os Reis Magos dentro desse simbolismo. Representam os tronos, os potentados, os senhores da Terra que se curvara diante de Cristo, reconhecendo-lhe a divina realeza. É a busca dos poderosos que vêem em Belchior, Gaspar e Baltazar o exemplo de submissão aos designios de Deus e que devem, como os magos, despojar-se de seus bens e depositá-los aos pés dos demais seres humanos, partilhando sua fortuna como dignos despenseiros de Deus.

Os presentes de Natal também têm esse sentido. São as ofertas dos adultos à criança que com a sua pureza representa Jesus. Alguns, dão a essas festas um sentido mitológico pagão, buscando nas cerimônias dos druidas, dos germânicos ou saturnais romanas a pompa das festas natalinas que culminam com a Epifania.

A Bifana
A palavra epifania, usada também como nome de mulher, deu origem a uma corruptela dialetal do sul da Itália, levada depois a Portugal e Espanha, a Bifana. A Bifana, segundo a lenda, era uma velha que, no Dia de Reis , saía pelas ruas da cidades a entregar presentes aos meninos que tivessem sido bons durante o ano que findara. Estava intimamente ligada às tradições dos povos mediterrâneos e mais próxima do significado litúrgico das festas natalícias.

Os presentes eram somente dados no dia 6 de janeiro e nunca antes. Tanto assim é, que nós mesmos, no Brasil, na nossa infância, recebíamos os presentes nesse dia. Depois, com a influência francesa e inglesa em nossas tradições a Epifania ou Bifana foi substituída pelo Papai Noel, a quem muitos estudiosos atribuem uma origem pagã e outros, para disfarçar o sentido comercial da sua presença no dia de Natal, confundem com São Nicolau.

Hoje, o Santos Reis já não são lembrados. O presépio praticamente não existe e só neles é que podemos ver os Magos de Oriente apresentados. A árvore de Natal, pinheiro que os druidas e os feutos enfeitavam para agradar o terrível deus do inverno Hell, substituíria a representação do nascimento de Jesus, introduzida no costume dos povos por São Francisco de Assis.

A festa da Epifania, dia de guarda no calendário litúrgico, já não mais é respeitada e com ela desaparecerem outras tradições da nossa gente, trazidas da Peninsula Ibérica pelos nossos antepassados, como a folia de Reis, Reizados e tantos outros autos folclóricos, cultuados em poucas regiões do país.

Segundo a tradição cristã os Reis Magos eram Gaspar, Melchior (ou Belchior) e Baltazar, e os presentes simbolizam, respectivamente, a realeza, a divindade e a paixão de Cristo.
Não se sabe sua origem, mas reza a lenda que um dos Reis era negro africano, o outro branco europeu e o terceiro moreno (assírio ou persa), representando a humanidade conhecida da época.

Em muitos países, a troca de presentes é feita neste dia, e não no Natal.
No Brasil, o rico folclore mantém viva a tradição. Por todo o litoral e o interior brasileiro, com todas as suas variantes regionais, se comemora o dia 6 de janeiro em festas como o Terno de Reis, Folia de Reis ou Santos Reis.

O que falta para a educação brasileira melhorar?


Hamilton Werneck
Desde o final da Segunda Grande Guerra, em agosto de 1945, os países desenvolvidos iniciaram um processo de investimentos maciços em educação, embora alguns já tivessem alterado o panorama sombrio em tempos anteriores ao conflito de 1914–1918.

Pressionado pelos mercados mais competitivos, o Brasil iniciou esse processo bastante atrasado, conseguindo ajustar quatro pilares necessários na década de 1990. Quatro partes do processo estão caminhando bem, e resta, apenas, o aprimoramento. Vale dizer que, desde o ex-ministro Paulo Renato até o Ministro Haddad, há projetos em andamento sem sofrerem descontinuidade.

Vejamos: praticamente todas as crianças em idade escolar entre 6 e 14 anos estão nas escolas — Toda criança na escola.
Quem está distante conta com o transporte das secretarias de educação ou com os vales para uso no transporte público — Transporte escolar. Muitos carentes têm na escola a melhor refeição do dia, e a merenda escolar é uma realidade. Praticamente em todas as regiões, esses programas funcionam em parceria com as prefeituras municipais — Alimentação para todos. Já que um bom estudo exige material escolar e livros, também nesse aspecto o Brasil atendeu bastante bem, embora nem todas as escolas consigam os livros escolhidos em primeira opção pelos educadores — Material escolar.
Então, a mente das pessoas elabora uma pergunta importante: o que está faltando para que a Educação deslanche?

Ficam faltando, exatamente, as outras medidas que os países desenvolvidos colocaram em prática e nas quais o Brasil engatinha. Às vezes, engatinha mesmo com programas já
estabelecidos.

O primeiro passo: adequar os programas que se usam nas escolas ao desenvolvimento psicológico das crianças, além de adaptar os mesmos programas à realidade da vida e do
mundo. Atualização e praticidade dos conteúdos.

O segundo passo: melhorar o salário dos educadores e racionalizar a quantidade deles entre atividades-meio e atividades- fim nas secretarias de Educação e escolas das redes.
Há municípios em que os salários são atraentes, porém, na maioria, são desestimulantes. As propostas do Fundeb criam sorrisos nas regiões mais pobres e não encantam nas regiões mais ricas, exceto naquelas onde a administração é um desastre tão grande, pelo excesso de funcionários, que nem uma excelente arrecadação garante um salário melhor.

Vale dizer que, se a relação assistêmica (divisão do total dos alunos pelo total de funcionários da Secretaria de Educação) for menor que ¼, não há milagres que sejam capazes de melhorar o salário dos educadores. Conheço um município em que essa relação é de 1/3,33!

O terceiro passo: promover a formação continuada dos educadores porque, com uma formação apenas secundária, não será possível provocar a transformação que a Educação requer. Portanto, investimentos em formação continuada são necessários em todos os níveis.

O quarto passo: oferecer às crianças tempo integral nas escolas. Assim, elas podem ficar fora das ruas, ter atividades complementares, desenvolver projetos diferenciados daqueles propedêuticos do turno acadêmico, participar da Educação paralela e ter os reforços necessários para assimilar o que não foi possível com as aulas expositivas a que assistiram.

O custo desses quatro pontos poderá sair mais barato se todos aprenderem e nós acabarmos com essa pedagogia de empurrar alunos para a série seguinte sem que eles tenham condições, numa demonstração clara de ser uma pedagogia para pobre continuar pobre! A boa escola ensina, e o aluno aprende. O custo acabará sendo menor porque as séries terão menor quantidade de repetentes, e o retorno social do investimento será mais palpável.

Por onde começar, então? Numa visão cartesiana, deveríamos estabelecer prioridades; numa visão sistêmica, devemos pensar na implementação desses quatro tópicos concomitantemente.

Nós sabemos por onde começar e por onde implementar. Se isso não for feito, os resultados dos exames nacionais continuarão a refletir os mesmos graus de desempenho dos alunos, e a educação não dará o salto que a sociedade requer.

A escola dos meus sonhos

Frei Betto
Na escola dos meus sonhos, os alunos aprendem a cozinhar, costurar, consertar eletrodomésticos, a fazer pequenos reparos de eletricidade e de instalações hidráulicas, a conhecer mecânica de automóvel e de geladeira e algo de construção civil. Trabalham em horta, marcenaria e oficinas de escultura, desenho, pintura e música. Cantam no coro e tocam na orquestra. Uma semana ao ano, integram-se, na cidade, ao trabalho de lixeiros, enfermeiros, carteiros, guardas de trânsito, policiais, repórteres, feirantes e cozinheiros profissionais.

Assim aprendem como a cidade se articula por baixo, mergulhando em suas conexões que, à superfície, nos asseguram limpeza urbana, socorro de saúde, segurança, informação e alimentação.

Não há temas tabus. Todas as situações-limite da vida são tratadas com abertura e profundidade: dor, perda, falência, parto, morte, enfermidade, sexualidade e espiritualidade. Ali os alunos aprendem o texto dentro do contexto: a Matemática busca exemplos na corrupção dos precatórios e nos leilões das privatizações; o Português, na fala dos apresentadores de TV e nos textos de jornais; a Geografia, nos suplementos de turismo e nos conflitos internacionais; a Física, nas corridas de Fórmula 1 e nas pesquisas do super-telescópio Hubble; a Química, na qualidade dos cosméticos e na culinária; a História, na violência de policiais contra cidadãos, para mostrar os antecedentes na relação colonizadores-indígenas, senhores-escravos, Exército-Canudos, etc.

Na escola dos meus sonhos, a interdisciplinaridade permite que os professores de Biologia e de Educação Física se complementem; a multidisciplinaridade faz com que a História do livro seja estudada a partir da análise de textos bíblicos; a transdisciplinaridade introduz aulas de meditação e dança e associa a história da arte à história das ideologias e das expressões litúrgicas. Se a escola for laica, o ensino religioso é plural: o rabino fala do judaísmo; o pai de santo, do candomblé; o padre, do catolicismo; o médium, do espiritismo; o pastor, do protestantismo; o guru, do budismo;
etc. Se for católica, há periódicos retiros espirituais e adequação do currículo ao calendário litúrgico da Igreja. Na escola dos meus sonhos, os professores são obrigados a fazer treinamentos e cursos de capacitação regularmente e só são admitidos se, além da competência, comungarem dos princípios fundamentais da proposta pedagógica e didática.
Porque é uma escola com ideologia, visão de mundo e perfil definido do que sejam democracia e cidadania. Essa escola não forma consumidores, mas cidadãos.
Ela não briga com a TV, mas leva-a para a sala de aula: são exibidos vídeos de anúncios e programas e, em seguida, analisados criticamente. A publicidade do iogurte é debatida;
sua química é analisada e comparada com a fórmula declarada pelo fabricante; as incompatibilidades são denunciadas, bem como os fatores porventura nocivos à saúde.
O programa de auditório de domingo é destrinchado: a proposta de vida subjacente, a visão de felicidade, a relação animador-plateia, os tabus e preconceitos são reforçados.
Em suma, não se fecham os olhos à realidade, muda-se a ótica de encará-la. Há uma integração entre escola, família e sociedade. A Política, com P maiúsculo, é disciplina obrigatória. As eleições para o grêmio ou diretório estudantil são levadas a sério, e, um mês por ano, setores não vitais da instituição são administrados pelos próprios alunos. Os políticos e candidatos são convidados para debates; e seus discursos, analisados e comparados às suas práticas.

Não há provas baseadas no prodígio da memória nem na sorte da múltipla escolha. Como fazia meu velho mestre Geraldo França de Lima, professor de História (hoje romancista e membro da Academia Brasileira de Letras), no dia da prova sobre a Independência do Brasil: os alunos traziam para a classe a bibliografia pertinente e, dadas as questões, consultavam os textos, aprendendo a pesquisar. Não há coincidência entre o calendário gregoriano e o curricular. João pode cursar o 6º ano em seis meses ou em seis anos, dependendo de sua disponibilidade, sua aptidão e seus recursos.

É mais importante educar do que instruir; formar pessoas que profissionais; ensinar a mudar o mundo que ascender à elite. Dentro de uma concepção holística, ali a ecologia vai do meio ambiente aos cuidados com nossa unidade corpo-espírito, e o enfoque curricular estabelece conexões com o noticiário da mídia.

Na escola dos meus sonhos, os professores são bem pagos e não precisam pular de colégio em colégio para se poderem manter. Pois é a escola de uma sociedade em que educação não é privilégio, mas direito universal; e o acesso a ela, dever obrigatório.

A Escola Cidadã

Paulo Freire era um educador que sempre falava bem da escola, mesmo quando criticava a escola conservadora e burocrática. Ele a concebia como um espaço de relações sociais e humanas. Uma das contribuições originais de Paulo Freire refere-se à importância da informalidade na aprendizagem: Se estivesse claro para nós que foi aprendendo que aprendemos ser possível ensinar, teríamos entendido com facilidade a importância das experiências informais nas ruas, nas praças, no trabalho, nas salas de aula das escolas, nos pátios dos recreios, em que variados gestos de alunos, de pessoal administrativo, de pessoal docente se cruzam cheios de significação (Freire, p. 50).

Paulo Freire insistia que não é só na escola que a gente aprende. Como instituição social, ela tem contribuído tanto para a manutenção quanto para a transformação social. A escola, para ele, não é só um lugar para estudar, mas para se encontrar, conversar, confrontar-se com o outro, discutir, fazer política. A escola não pode mudar tudo nem pode mudar a si mesma sozinha. Ela está intimamente ligada à sociedade que a mantém e é, ao mesmo tempo, fator e produto desta. Como instituição social, ela depende da sociedade e, para mudar, depende também da relação que mantém com outras escolas, com as famílias, com a população.

Paulo Freire nos fala, em sua Pedagogia da Autonomia, da “boniteza de ser gente” (1997, p. 67), da boniteza de ser professor: “Ensinar e aprender não podem dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria”. Ele chama a atenção para a essencialidade do componente estético na formação do educador. Uma estética que não é separada da ética. Ele fala da importância da “boniteza” das escolas, da importância formadora dos espaços: “É incrível que não imaginemos a significação do discurso ‘pronunciado’ na e pela limpeza do chão, na boniteza das salas, na higiene dos sanitários, nas flores que adornam. Há uma pedagogicidade indiscutível na materialidade do espaço” (Freire, p.50).

Paulo Freire foi um defensor da escola pública, que é a escola da maioria, das periferias, dos cidadãos que só podem contar com ela. Ele entendia a escola pública como “escola pública popular” (grande mote de sua gestão na Secretaria de Educação da Prefeitura de São Paulo), como “escola cidadã”. Paulo Freire defendia a escola pública como espaço de
resgate científico da cultura popular, como espaço de organização política das classes populares e instrumento de luta contra-hegemônica.

No dia 19 de março de 1997, nos Arquivos Paulo Freire, em São Paulo, numa entrevista à TV Educativa do Rio de Janeiro, ele falou de sua concepção de Escola Cidadã: "Escola Cidadã é aquela que se assume como um centro de direitos e de deveres. O que a caracteriza é a formação para a cidadania. A Escola Cidadã, então, é a escola que viabiliza a cidadania de quem está nela e de quem vem a ela. Ela não pode ser uma escola cidadã em si e para si. Ela é cidadã na mesma medida em que se exercita na construção da cidadania de quem usa o seu espaço. A Escola Cidadã é uma escola coerente com a liberdade. É coerente com o seu discurso formador, libertador. É toda escola que, brigando para ser ela mesma, luta para que os educandos-educadores também sejam eles mesmos. E, como ninguém pode ser só, a Escola Cidadã é uma escola de comunidade, de companheirismo. É uma escola de produção comum do saber e da liberdade. É uma escola que vive a experiência tensa da democracia."

A hora de aproveitar as férias


Quem considera um privilégio o fato de o educador dispor de férias mais prolongadas no fim do ano - além do recesso de julho - não sabe o que significa conduzir diariamente uma turma de alfabetização ou ensinar uma disciplina em várias escolas para centenas de jovens. Também desconhece o fato de que no recesso, além de um período de descanso, há outro dedicado a avaliação, planejamento e preparação. É preciso lembrar ainda que educadores trabalham em escolas, que são intensos cenários de vida em que desemboca todo tipo de questão social, familiar e pessoal.

Crianças e jovens têm a liberdade lúdica como até mais importante que o preparo formal nas aulas e, por isso, férias longas são tão valorizadas por eles. Para os professores, no entanto, elas têm outro sentido. Especialmente para os que atuam na Educação Básica, esse período é essencial para recompor o preparo intelectual, o equilíbrio emocional e o condicionamento físico antes de retomar o esforço no próximo ano letivo.

O professor que consegue levar esses dias a sério se desobriga de horários e evita outros compromissos, saboreando o repouso físico e mental ao freqüentar museus, parques e livrarias ou viajar com a família. Há aqueles que descansam enquanto dão conta de coisas práticas, como pintar a casa, cuidar do jardim, fazer exames médicos de rotina ou renovar o repertório para o próximo semestre. Mas existem também educadoras que são mães e, nas férias em casa, acabam sendo até mais solicitadas e, como os que precisam se dedicar a outro trabalho para completar um orçamento curto, talvez voltem às aulas sem ter repousado, aumentando seu desgaste.

Pensando nessas várias situações, me aventuro a sugerir uma lista mínima para as férias, com o objetivo de que seja uma prioridade nesse período especial.

- Quem todos os dias sai às pressas para a primeira aula tem direito a cafés-da-manhã preguiçosos. Com ou sem jornal, mas com música suave.

- Quem o ano todo lê textos de alunos e de Educação merece ler, por prazer, um livro de outro assunto que não de trabalho. E escolher outros para ler depois.

- Quem sempre dirige o espetáculo, aula após aula, deve assistir "de camarote" a uma boa peça, a um bom filme ou a seu esporte predileto. É bom fazer reservas.

- Quem tem estado em pé horas a fio - e vai repetir a dose - merece uma boa avaliação física. É bom agendá-la logo.

Agora, uma sugestão para as escolas. Que tal propor na tradicional brincadeira de amigo-secreto a troca de CDs para ouvir nas manhãs preguiçosas, de livros para ler com prazer ou de ingressos, com acompanhante, para um espetáculo? Podem ser presentes efetivos ou vales e também algo diferente, próprio da escola ou da região. Qualquer que seja a opção, o custo será bem menor do que o valor simbólico, inestimável, de sabermos nos valorizar também nas férias.

Não importa se for impossível organizar essa preparação coletiva, desde que cada um leve esses dias a sério e se programe para saboreá-los, com os próprios critérios e não com os meus, é claro. Mas é preciso garantir que sejam férias de corpo e alma. Todo educador merece! Quem considera um privilégio o fato de o educador dispor de férias mais prolongadas no fim do ano - além do recesso de julho - não sabe o que significa conduzir diariamente uma turma de alfabetização ou ensinar uma disciplina em várias escolas para centenas de jovens. Também desconhece o fato de que no recesso, além de um período de descanso, há outro dedicado a avaliação, planejamento e preparação. É preciso lembrar ainda que educadores trabalham em escolas, que são intensos cenários de vida em que desemboca todo tipo de questão social, familiar e pessoal.

Crianças e jovens têm a liberdade lúdica como até mais importante que o preparo formal nas aulas e, por isso, férias longas são tão valorizadas por eles. Para os professores, no entanto, elas têm outro sentido. Especialmente para os que atuam na Educação Básica, esse período é essencial para recompor o preparo intelectual, o equilíbrio emocional e o condicionamento físico antes de retomar o esforço no próximo ano letivo.

O professor que consegue levar esses dias a sério se desobriga de horários e evita outros compromissos, saboreando o repouso físico e mental ao freqüentar museus, parques e livrarias ou viajar com a família. Há aqueles que descansam enquanto dão conta de coisas práticas, como pintar a casa, cuidar do jardim, fazer exames médicos de rotina ou renovar o repertório para o próximo semestre. Mas existem também educadoras que são mães e, nas férias em casa, acabam sendo até mais solicitadas e, como os que precisam se dedicar a outro trabalho para completar um orçamento curto, talvez voltem às aulas sem ter repousado, aumentando seu desgaste.

Pensando nessas várias situações, me aventuro a sugerir uma lista mínima para as férias, com o objetivo de que seja uma prioridade nesse período especial.

- Quem todos os dias sai às pressas para a primeira aula tem direito a cafés-da-manhã preguiçosos. Com ou sem jornal, mas com música suave.

- Quem o ano todo lê textos de alunos e de Educação merece ler, por prazer, um livro de outro assunto que não de trabalho. E escolher outros para ler depois.

- Quem sempre dirige o espetáculo, aula após aula, deve assistir "de camarote" a uma boa peça, a um bom filme ou a seu esporte predileto. É bom fazer reservas.

- Quem tem estado em pé horas a fio - e vai repetir a dose - merece uma boa avaliação física. É bom agendá-la logo.

Agora, uma sugestão para as escolas. Que tal propor na tradicional brincadeira de amigo-secreto a troca de CDs para ouvir nas manhãs preguiçosas, de livros para ler com prazer ou de ingressos, com acompanhante, para um espetáculo? Podem ser presentes efetivos ou vales e também algo diferente, próprio da escola ou da região. Qualquer que seja a opção, o custo será bem menor do que o valor simbólico, inestimável, de sabermos nos valorizar também nas férias.

Não importa se for impossível organizar essa preparação coletiva, desde que cada um leve esses dias a sério e se programe para saboreá-los, com os próprios critérios e não com os meus, é claro. Mas é preciso garantir que sejam férias de corpo e alma. Todo educador merece!

LANÇADO

Plano Nacional de Educação para 2011-2010

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Educação, Fernando Haddad, encaminharam ao Congresso Nacional, neste dia 15, o projeto de lei do Plano Nacional de Educação (PNE) que deverá orientar as metas para Educação no período 2011-2020. A solenidade aconteceu no Palácio do Planalto.
 O novo PNE apresenta dez diretrizes objetivas e 20 metas, seguidas das estratégias específicas de concretização. O texto prevê formas de a sociedade monitorar e cobrar cada uma das conquistas previstas. As metas seguem o modelo de visão sistêmica da educação estabelecido em 2007 com a criação do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Tanto as metas quanto as estratégias premiam iniciativas para todos os níveis, modalidades e etapas educacionais. Além disso, há estratégias específicas para a inclusão de minorias, como alunos com deficiência, indígenas, quilombolas, estudantes do campo e alunos em regime de liberdade assistida.
“Estas metas são ambiciosas. Estamos prevendo em até 2020 chegarmos a 7% do PIB investido na Educação – da creche ao ensino universitário.” Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no programa “Café com o Presidente”, esta semana. O presidente Lula afirmou ainda que houveram melhoras, mas ainda é preciso muito mais esforço para que se possa ter qualidade na educação.
“Espera-se que essas metas sejam de fato cumpridas e se possível bem antes de 2020, visto que a dívida histórica para com a população mais vulnerável é grande e se avoluma a cada dia com a falta de qualidade na educação. Isso permitirá aos/as jovens se inserirem na sociedade de forma igualitária, reduzindo verdadeiramente as desigualdades”, afirma Cleomar Manhas, assessora do INESC.
Em todo o texto do PNE são mencionadas metas como universalização, ampliação do acesso e atendimento em todos os níveis educacionais. Também são metas do novo Plano o incentivo à formação inicial e continuada de professores e profissionais da educação em geral, avaliação e acompanhamento periódico e individualizado de todos os envolvidos na educação do país — estudantes, professores, profissionais, gestores e demais profissionais — estímulo e expansão do estágio.
Para o presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Antônio Carlos Caruso Ronca, o que se deseja é que o novo PNE contemple saídas e soluções para os problemas na área da Educação. Segundo Ronca, a faixa da população brasileira até 30 anos de idade na educação superior era de 8% em 1999. Em 2009, chegou a 11%. “Esse crescimento é lento se comparado ao do ensino médio, que no mesmo período passou de 20% para 50% de acesso.”
As metas firmadas no PNE tem a importância de perpassar dois governos e meio. Assim, o Plano não é apenas uma proposta de um governo e de um planejamento de Estado.
Com informações do Portal MEC
Metas
Meta 1: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de forma a atender a 50% da população de até 3 anos.
Meta 2: Criar mecanismos para o acompanhamento individual de cada estudante do ensino fundamental.
Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa etária.
Meta 4: Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.
Meta 5: Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os 8 anos de idade.
Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.
Meta 7: Atingir as médias nacionais para o Ideb já previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE)
Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de modo a alcançar mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à redução da desigualdade educacional.
Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.
Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à educação profissional nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.
Meta 11: Duplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta.
Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta.
Meta 13: Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores nas instituições de educação superior para 75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 35% doutores. Sete estratégias.
Meta 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores. Nove estratégias.
Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios, que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
Meta 16: Formar 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação continuada em sua área de atuação.
Meta 17: Valorizar o magistério público da educação básica a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.
Meta 18: Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino.
Meta 19: Garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar.
Meta 20: Ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

MÊS DE JANEIRO

          É o primeiro mês do ano nos calendário juliano e gregoriano. É composto por 31 dias. O nome provém do latim Ianuarius, décimo-primeiro mês do calendário de Numa Pompílio, o qual era uma homenagem a Jano, deus do começo na mitologia romana, que tinha duas faces, uma olhando para trás, o passado e outra olhando para a frente, o futuro. Júlio César estabeleceu que o ano deveria começar na primeira lua nova após o solstício de inverno, que no hemisfério norte era a 21 de dezembro, a partir do ano 709 romano (45 a.C.). Nessa ocasião o início do ano ocorreu oito dias após o solstício. Posteriormente o início do ano foi alterado para onze dias após o solstício.

        Datas comemorativas