Crianças e jovens têm a liberdade lúdica como até mais importante que o preparo formal nas aulas e, por isso, férias longas são tão valorizadas por eles. Para os professores, no entanto, elas têm outro sentido. Especialmente para os que atuam na Educação Básica, esse período é essencial para recompor o preparo intelectual, o equilíbrio emocional e o condicionamento físico antes de retomar o esforço no próximo ano letivo.
O professor que consegue levar esses dias a sério se desobriga de horários e evita outros compromissos, saboreando o repouso físico e mental ao freqüentar museus, parques e livrarias ou viajar com a família. Há aqueles que descansam enquanto dão conta de coisas práticas, como pintar a casa, cuidar do jardim, fazer exames médicos de rotina ou renovar o repertório para o próximo semestre. Mas existem também educadoras que são mães e, nas férias em casa, acabam sendo até mais solicitadas e, como os que precisam se dedicar a outro trabalho para completar um orçamento curto, talvez voltem às aulas sem ter repousado, aumentando seu desgaste.
Pensando nessas várias situações, me aventuro a sugerir uma lista mínima para as férias, com o objetivo de que seja uma prioridade nesse período especial.
- Quem todos os dias sai às pressas para a primeira aula tem direito a cafés-da-manhã preguiçosos. Com ou sem jornal, mas com música suave.
- Quem o ano todo lê textos de alunos e de Educação merece ler, por prazer, um livro de outro assunto que não de trabalho. E escolher outros para ler depois.
- Quem sempre dirige o espetáculo, aula após aula, deve assistir "de camarote" a uma boa peça, a um bom filme ou a seu esporte predileto. É bom fazer reservas.
- Quem tem estado em pé horas a fio - e vai repetir a dose - merece uma boa avaliação física. É bom agendá-la logo.
Agora, uma sugestão para as escolas. Que tal propor na tradicional brincadeira de amigo-secreto a troca de CDs para ouvir nas manhãs preguiçosas, de livros para ler com prazer ou de ingressos, com acompanhante, para um espetáculo? Podem ser presentes efetivos ou vales e também algo diferente, próprio da escola ou da região. Qualquer que seja a opção, o custo será bem menor do que o valor simbólico, inestimável, de sabermos nos valorizar também nas férias.
Não importa se for impossível organizar essa preparação coletiva, desde que cada um leve esses dias a sério e se programe para saboreá-los, com os próprios critérios e não com os meus, é claro. Mas é preciso garantir que sejam férias de corpo e alma. Todo educador merece! Quem considera um privilégio o fato de o educador dispor de férias mais prolongadas no fim do ano - além do recesso de julho - não sabe o que significa conduzir diariamente uma turma de alfabetização ou ensinar uma disciplina em várias escolas para centenas de jovens. Também desconhece o fato de que no recesso, além de um período de descanso, há outro dedicado a avaliação, planejamento e preparação. É preciso lembrar ainda que educadores trabalham em escolas, que são intensos cenários de vida em que desemboca todo tipo de questão social, familiar e pessoal.
Crianças e jovens têm a liberdade lúdica como até mais importante que o preparo formal nas aulas e, por isso, férias longas são tão valorizadas por eles. Para os professores, no entanto, elas têm outro sentido. Especialmente para os que atuam na Educação Básica, esse período é essencial para recompor o preparo intelectual, o equilíbrio emocional e o condicionamento físico antes de retomar o esforço no próximo ano letivo.
O professor que consegue levar esses dias a sério se desobriga de horários e evita outros compromissos, saboreando o repouso físico e mental ao freqüentar museus, parques e livrarias ou viajar com a família. Há aqueles que descansam enquanto dão conta de coisas práticas, como pintar a casa, cuidar do jardim, fazer exames médicos de rotina ou renovar o repertório para o próximo semestre. Mas existem também educadoras que são mães e, nas férias em casa, acabam sendo até mais solicitadas e, como os que precisam se dedicar a outro trabalho para completar um orçamento curto, talvez voltem às aulas sem ter repousado, aumentando seu desgaste.
Pensando nessas várias situações, me aventuro a sugerir uma lista mínima para as férias, com o objetivo de que seja uma prioridade nesse período especial.
- Quem todos os dias sai às pressas para a primeira aula tem direito a cafés-da-manhã preguiçosos. Com ou sem jornal, mas com música suave.
- Quem o ano todo lê textos de alunos e de Educação merece ler, por prazer, um livro de outro assunto que não de trabalho. E escolher outros para ler depois.
- Quem sempre dirige o espetáculo, aula após aula, deve assistir "de camarote" a uma boa peça, a um bom filme ou a seu esporte predileto. É bom fazer reservas.
- Quem tem estado em pé horas a fio - e vai repetir a dose - merece uma boa avaliação física. É bom agendá-la logo.
Agora, uma sugestão para as escolas. Que tal propor na tradicional brincadeira de amigo-secreto a troca de CDs para ouvir nas manhãs preguiçosas, de livros para ler com prazer ou de ingressos, com acompanhante, para um espetáculo? Podem ser presentes efetivos ou vales e também algo diferente, próprio da escola ou da região. Qualquer que seja a opção, o custo será bem menor do que o valor simbólico, inestimável, de sabermos nos valorizar também nas férias.
Não importa se for impossível organizar essa preparação coletiva, desde que cada um leve esses dias a sério e se programe para saboreá-los, com os próprios critérios e não com os meus, é claro. Mas é preciso garantir que sejam férias de corpo e alma. Todo educador merece!
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