sexta-feira, 6 de maio de 2011

DIA DO SILÊNCIO - 07 DE MAIO

     Silêncio é o eco reflexivo interior, o vôo da solidão gigante, o grito eloqüente no auge da dor, o clamor do oprimido, a expressão criadora do poeta.
     O silêncio é a ausência de barulho, sons, vozes e ruídos, segundo a definição de dicionários e enciclopédias.
     Do ponto de vista da espiritualidade, o silêncio é força e caminho propício à introspeção e à meditação.
     O silêncio dos imensos desertos, por onde caminham os peregrinos, em busca da fonte inesgotável de paz e harmonia.
     O silêncio que nos acompanha na intimidade e está conosco no instante final, companheiro e guia no caminho da eternidade.
    Silêncio é a força misteriosa, repleta de sutilezas e transparências, que nos dá a medida exata da pureza, da humildade, da riqueza interior.
Sem o silêncio a alma fica pequena.
     "Há o silêncio manipulador, o silêncio torturante, o silêncio chantagista, o silêncio rancoroso, o silêncio conivente, o silêncio da zombaria, o silêncio imbecil, o silêncio do desprezo.
      Há pessoas que matam com seu silêncio. Há silêncios que esmagam a justiça e a bondade, na calada da noite.
      O silêncio mais puro é aquele que guarda a confidência.
      Este silêncio jamais é excessivo.
    Não se deve apregoar aos quatro ventos o que foi murmurado na intimidade da amizade e do amor.
    O silêncio mais sábio é aquele que fazemos diante dos impertinentes, intolerantes e desbocados.
    É o silêncio do Cristo inocente diante dos acusadores, o silêncio dos espaços infinitos diante da quase infinita capacidade nossa de falar ou escrever sem razão.
     Calar da maneira certa é deixar que uma voz mais profunda seja ouvida.
     “A voz severa, a voz serena, a voz suave e firme da verdade.”

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