O Dia da Amazônia foi instituído em
dezembro de 2007 para ser comemorado anualmente no dia 5 de setembro. Sua
finalidade é promover ações em defesa da Amazônia, uma vez que esta floresta é
considerada a maior reserva natural do planeta, fundamental para o equilíbrio
ambiental do mundo.
A Amazônia de todos
nós
A biodiversidade amazônica é a maior do mundo, com
espécies animais, vegetais e minerais que formam um ecossistema
autossustentável. Ela ainda ocupa um território muito extenso (maior que o
continente europeu) e tem uma variedade de animais, plantas e rios tão grande
que ajuda a equilibrar e controlar o clima terrestre. Nela estão 50% de todas
as espécies do planeta. Estima-se que a região possui:
- 50 mil espécies de plantas;
- 3 mil espécies de árvores;
- 1.200 espécies de aves;
- 320 espécies de mamíferos;
- 3 mil espécies de peixes;
- 400 espécies de anfíbios;
- 300 espécies de répteis e
- 10 milhões de espécies de insetos.
- Apenas 1/5 das florestas nativas do planeta continuam intocadas. Dos remanescentes florestais, aproximadamente 1/3 está concentrado na Amazônia.
- A área total de Floresta Amazônica (mais de 6 milhões km²) tem quase o tamanho da Austrália, é maior do que a Europa Ocidental e quase tão grande quanto os EUA.
- A floresta está presente em nove países: Bolívia, Venezuela, Equador, Peru, Suriname, Guiana Francesa, Guiana e Brasil.
- A bacia Amazônica é o maior reservatório de água doce do planeta. Quase 1/5 de toda a água do globo flui através de seus rios.
- O Rio Amazonas tem 6.868 quilômetros de extensão (a mesma distância que separa a cidade de Nova York da capital alemã Berlim). O ponto mais profundo do Rio amazonas chega a 120m, o que é suficiente para mergulhar a Estátua da Liberdade Inteira (que tem 91,5 metros de altura).
- Mais de 30 mil tipos de plantas já foram catalogados, mas acredita-se que outros 20 mil permaneçam desconhecidos. A vitória-régia, cujo diâmetro chega a medir 2 metros, é a maior flor do mundo.
Quando
falamos em Amazônia lembramos de densa floresta tropical, biodiversidade
incrível, riqueza de matéria-prima. Todos esses fatores positivos contribuem
para que ela seja o que é hoje: alvo de especulações e inveja de grande parte
das nações do mundo, principalmente das poderosas, cujo grande objetivo é
apoderar-se de uma dádiva que veio florescer em pleno território brasileiro.
Em
1990, foi iniciado um trabalho na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
para determinar a distribuição da diversidade vegetal na Amazônia. Hoje, existe
uma base de dados com a distribuição de mais de 3.500 espécies, capaz de gerar
mapas por gênero, família ou total.
Somando
todas as áreas recobertas pela floresta, temos o incrível número de 6 milhões
de quilômetros quadrados. A parte brasileira é calculada em 3 milhões e meio de
quilômetros quadrados, o que representa mais de 50% da floresta e 42% do
território nacional.
Segundo
o geógrafo Aziz Ab'Saber, a Amazônia tem características marcantes que tornam
sustentável tamanha vastidão verde. Ab'Saber nos chama atenção à extraordinária
continuidade das florestas , e da grandeza de sua rede pluvial, ressaltando
ainda que apesar desta vastidão apresenta pouca variedade de ecossistemas, mesmo
analisando regiões e altitudes diversas. Algo que nos salta aos olhos é a
mesmice encontrada nas terras amazônicas, sempre com altas e densas florestas,
bem servidas de rios e animais.
SAUDADES DO AMAZONAS
Em meio ao seu verde, o fogo arde queimando o nosso pulmão.
Os pássaros perdem seus galhos, em desespero voam sem rumo na imensidão.
Os animais correm em círculos, perdidos na fumaça da morte certa.
Os gritos das aves, dos animais, das plantas...
Não são ouvidas pelos homens do poder sem visão...
Que não reconhecem o ciclo da natureza que tenta em desespero...
Limpar o ar que sujamos com nossos carros, nossas indústrias...
Quebrando o ciclo da água, reduzindo as chuvas...
Até chegar às grandes cidades, nos nossos campos que na seca matarão os gados...
A abundância das frutas brasileiras desaparecerá das nossas mesas.
Haverá dor naqueles que por muitas vezes jogaram as frutas no lixo...
E lágrimas rolarão sobre os olhos daqueles que a colhiam para comer...
Sentindo-nos impotentes, perguntaremos a nós mesmos:
O que fizemos com a nossa Amazônia?
O que não fizemos por ela.
Os pássaros perdem seus galhos, em desespero voam sem rumo na imensidão.
Os animais correm em círculos, perdidos na fumaça da morte certa.
Os gritos das aves, dos animais, das plantas...
Não são ouvidas pelos homens do poder sem visão...
Que não reconhecem o ciclo da natureza que tenta em desespero...
Limpar o ar que sujamos com nossos carros, nossas indústrias...
Quebrando o ciclo da água, reduzindo as chuvas...
Até chegar às grandes cidades, nos nossos campos que na seca matarão os gados...
A abundância das frutas brasileiras desaparecerá das nossas mesas.
Haverá dor naqueles que por muitas vezes jogaram as frutas no lixo...
E lágrimas rolarão sobre os olhos daqueles que a colhiam para comer...
Sentindo-nos impotentes, perguntaremos a nós mesmos:
O que fizemos com a nossa Amazônia?
O que não fizemos por ela.
Poema de Regina Enéas
Martins
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