Alagoas vive cenário de guerra após enchentes que destruíram 15 cidades
A desolação diante da destruição causada pela enchente do rio Mundaú, em Alagoas, é um sentimento que salta aos olhos dos moradores das cidades castigadas pela força da água. Milhares de famílias perderam tudo na sexta-feira (18), quando o nível do rio subiu seis metros, invadiu ruas e causou estragos inéditos na região do Vale do Mundaú.
Vinte e seis cidades foram atingidas, e 15 municípios decretaram estado de calamidade pública, segundo último balanço da Defesa Civil Estadual. Além disso, 26 pessoas morreram, 607 estão desaparecidas e 73 mil, desabrigadas.
Vinte e seis cidades foram atingidas, e 15 municípios decretaram estado de calamidade pública, segundo último balanço da Defesa Civil Estadual. Além disso, 26 pessoas morreram, 607 estão desaparecidas e 73 mil, desabrigadas.
Rio Largo tem 23 prédios públicos destruídos
Em Rio Largo, na região metropolitana de Maceió, toda a parte baixa da cidade, onde está o centro comercial e principais prédios públicos, foi inundada e destruída pela enchente. Uma barragem que abastece a usina da cidade se rompeu, e os trilhos do trem que ligam a cidade a Maceió foram destruídos. O principal acesso aos municípios também está interditado.
"Perdi minha casa, meu bar, meu dinheiro que estava na vitrola e ainda estou sem documentos. Só não estou passando fome porque estão me dando comida", disse a comerciante Izabel Cristina, 42. “Sou criada e nascida aqui, vi a cidade crescer e nunca imaginei isso. Nunca que o rio chegou a um ponto desse. Destruiu tudo, passou pelo centro e chegou até a feira”, afirmou a feirante Maria da Conceição, 74, que perdeu toda a mercadoria e, ontem, tirava a lama da rua onde vende frutas e verduras no centro.
Segundo a Defesa Civil municipal, 23 prédios públicos, entre eles a prefeitura, foram destruídos com as enchentes. Quatro pessoas morreram, 33 estão desaparecidas e 4.159 estão desabrigadas. A sede administrativa e de coordenação dos trabalhos de apoio às vítimas foi transferida para uma escola na parte alta da cidade.
Segundo a Defesa Civil municipal, 23 prédios públicos, entre eles a prefeitura, foram destruídos com as enchentes. Quatro pessoas morreram, 33 estão desaparecidas e 4.159 estão desabrigadas. A sede administrativa e de coordenação dos trabalhos de apoio às vítimas foi transferida para uma escola na parte alta da cidade.