DEPOIS DE MIM, O DILÚVIO.
Esta frase é atribuída ora ao rei Luís XV, o Bem-Amado (1710-1774), ora
à sua célebre amante, a marquesa de Pompadour (1721-1764), cujo nome era
Antonieta de Poisson. A madame era onze anos mais velha do que o rei,
discrepância de idade raramente encontrada entre pessoas de sua condição, que
por norma amavam e amam homens mais velhos do que elas. O rei, que tinha um
relacionamento problemático com os deputados, teria exclamado tal frase diante
do parlamento francês, numa de suas notórias crises com o poder legislativo.
Sua amante teria dito a mesma frase quando posava para um retrato que estava
sendo feito por seu pintor preferido, entristecido pelas notícias de uma
derrota sofrida pelo rei, que protegia a ambos. O dilúvio, porém, não veio nem
depois dele, nem depois dela, nem depois de outros arrogantes que pronunciaram
a mesma frase.
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