Terra à
vista
Quando o Brasil foi descoberto, a terra que constitui hoje o
Estado de Alagoas, era um mundo de mata virgem, onde viviam índios nativos.
Rios perenes, muito peixe, frutas, animais soltos. Enfim, a flora e a fauna
exuberantes, enchiam os olhos dos portugueses que foram chegando para iniciar o
processo de colonização.
A grande quantidade de lagoas em seu litoral, fez com que os
colonizadores batizassem logo a região de Alagoas. Elas continuam embelezando a
paisagem típica do Estado, se constituindo em pontos de atração turística e
ainda em sustento de milhares de alagoanos, que tiram dela, o peixe e o sururu,
molusco típico, consumido não só pelos pobres, mas presente na mesa dos ricos,
da classe média e dos bares e restaurantes.
Esse pedaço de terra brasileiro, entre o Litoral e o Sertão, pertencia a
Capitania de Pernambuco, comandada pelo donatário Duarte Coelho, que em visita
ao Sul, deparou-se com o rio São Francisco. Lá, edificou um forte e deu origem
a cidade de Penedo, comprovadamente o primeiro núcleo habitacional de Alagoas.
Hoje, é uma cidade das mais importantes do Estado. Durante várias décadas, foi
a mais progressista do interior. Perdeu para Arapiraca na segunda metade deste
século. Mas continua imponente, com seu casario colonial, seu povo culto, seu
potencial turístico e sua economia que cresce a cada dia.
Imaginemos Alagoas nos tempos do descobrimento do Brasil! Da foz do São
Francisco a Maragogi: índios nativos como os Caetés e os Potiguaras. Nus,
livres, vivendo da caça e da pesca, falando língua própria, usufruindo dessa
beleza natural, com rios e lagoas sem poluição. Um povo festeiro, cultuando
suas tradições. Era feliz e livre da presença do branco português, que aqui
chegou para marginalizá-lo, exigir que aprendesse sua língua, sua religião e
seus costumes. Todos perderam a identidade, e se tornaram escravos da ganância
dos colonizadores, que só queriam extrair a riqueza da terra e enviar para
Portugal.
Nossos
índios eram vaidosos, festeiros e valentes. Adoravam se pintar com várias
cores, dançar e cantar. Achavam o nariz chato um importante requisito de
beleza. No Sul eram os Caetés e suas sub-tribos, como a dos Caambembes,
instalada em Viçosa. No Norte, os Potiguaras.
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