Mahatma Gandhi foi um dos maiores
líderes pacifistas da história, levando multidões a conhecer e a praticar o
significado da não violência, na sua luta pela independência da Índia. Certa
vez o líder indiano comentou o seguinte: "Posso até estar disposto a morrer
por uma causa, mas nunca a matar por ela!". Quando, em certos momentos, a
violência começou a se manifestar entre os indianos, Gandhi praticou o jejum,
por duas vezes, colocando em risco a sua própria vida, com o objetivo de
sensibilizar seus seguidores a não fazer uso da violência.
No outro lado do mundo,
Martin Luther King, no seu famoso discurso "Eu tenho um sonho", em
1963, exortou os seus ouvintes com toda a convicção a lutarem pela liberdade e
dignidade dos negros nos EUA, que na época sofriam segregação racial, violência
policial e perseguições diversas. Porém, acrescentou no seu discurso "Não
devemos deixar que nosso criativo protesto degenere em violência física. Sempre
e cada vez mais devemos nos erguer às alturas majestosas de enfrentar a força
física com a força da alma".
Homens como Gandhi e
Martin Luther King provaram ao mundo que é possível promover grandes mudanças
sem lançar mão da violência como forma de resolver conflitos. A Índia conheceu
sua independência depois de décadas de diálogos e protestos pacíficos,
liderados por Gandhi e seus discípulos. As leis racistas americanas foram
abolidas graças ao empenho e à persistência de Martin Luther King e seus
seguidores.
Os grandes líderes da
humanidade nos ensinam que a não violência não se confunde com passividade ou
harmonia idealizada. A não violência é um caminho que exige um exercício
contínuo e incansável de diálogo, uma luta determinada e persistente contra as
injustiças, uma prática constante de ações criativas em prol da humanidade.
Como vivemos numa época
em que carecemos de bons modelos éticos para guiar nossas ações, busquemos nas
belas páginas das vidas dos grandes líderes do passado a inspiração necessária
para fazer a nossa parte na construção de uma cultura da paz no presente. E se
houver lutas nesta construção, que elas aconteçam com a força da alma!
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