Ser educador hoje é viver intensamente o seu tempo; conviver é ter
consciência e sensibilidade. Não se pode imaginar um futuro para a humanidade
sem educadores, assim como não se pode pensar num futuro sem poetas e
filósofos. Os educadores, numa visão emancipadora, não só transformam a
informação em conhecimento e em consciência crítica, mas também formam pessoas
cidadãs.
Diante
dos falsos pregadores da palavra, os educadores são os verdadeiros,
"amantes da sabedoria"; os filósofos de que nos falava Sócrates. Eles
fazem fluir o saber, porque constroem sentido para a vida das pessoas e para a
humanidade e buscam juntos um mundo mais justo, mais produtivo e mais saudável
para todos. Para Gadotti (2000), os educadores são imprescindíveis, sendo eles
os verdadeiros construtores do processo de ensino-aprendizagem.
A
aprendizagem é um processo que ocorre ao longo da vida, são momentos muitas
vezes, de conflitos e divergências. Na visão de Jacques Delores (1998), vive-se
hoje o chamado mundo globalizado que necessita, cada vez mais, de competências
e habilidades, agilidade e sensibilidade, pressupostos de caráter humano que
solicitam novos valores e critérios compatíveis com as mudanças da sociedade
atual.
O
educador é o responsável por estimular o prazer de compreender, descobrir,
construir o conhecimento, curiosidade, autonomia e atenção no aluno. É preciso
ensinar a pensar; a pensar a realidade e não apenas o "já dito" o
"já feito", e só reproduzir o conhecimento.
Segundo
Gadotti (2000), o conhecimento tem presença garantida em qualquer projeção que
se faça no futuro, por isso, há o consenso de que o desenvolvimento de um país
está condicionado à qualidade de sua educação.
A
tarefa de educar, no entanto é delicada porque supõe, em princípio, amor,
desprendimento, doçura, firmeza, paciência e decisão, além do domínio dos
conteúdos e metodologias. Daí a necessidade da motivação, do encantamento;
motivação que deve vir de dentro do próprio aluno, oportunizada pelos estímulos
do professor.
Na
visão de Freire (1996), o sentido de ensinar é fazer com que o ser humano veja
novos padrões de vida, novas formas de perceber, ser, pensar e agir, e que vão
auxiliar no uso do conhecimento, na resolução de problemas, construções de
novos significados e pensamentos.
E
para que o indivíduo tenha experiências intelectuais estimulantes e socialmente
relevantes é preciso à mediação do professor com boa conduta e domínio dos
conhecimentos que deve ensinar e dos meios para fazê-lo com eficácia. O
educador deve saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção (FREIRE, 1996,
p. 47).
Segundo
Freire (1996), o educador deve ter liberdade e autoridade, e que a liberdade
deve ser vivida em coerência com a autoridade na condução de suas aulas; não
pode ser imparcial em suas atitudes, deve sempre mostrar o que pensa, apontando
diferentes caminhos, evitando conclusões, para que o aluno procure o que
acredita, com suas explicações, se responsabilizando pelas consequências e construindo
assim sua autonomia.
Para
Freire (1996), motivar e auto motivar-se, é de fundamental importância no
processo de docência, é a busca não apenas do conhecimento teórico e prático
através de capacitação e formação, mas da relação docente-discente, sendo esta
peça fundamental para a formação e educação crítica dos cidadãos.
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