MODALIDADES ESPORTIVAS
São os nomes dados ao conjunto de habilidades que envolve saltar de uma
plataforma elevada ou trampolim em direção à água, executando movimentos
estéticos durante a queda. É considerado um esporte de técnica plástica e
flexível. Oriundo de um movimento natural do ser humano, o ato de saltar, o
esporte limita as possibilidades a uma plataforma de dez metros de altura,
tendo seis quesitos avaliados.
Seu principal aparelho é o trampolim, onde seus praticantes
realizam seus treinamentos, que requer do saltador a destreza para utilizá-lo.
Durante as competições, em virtude da complexidade de avaliação, vários árbitros
são convidados a participar do julgamento, calcado em cinco etapas. Em matéria
de movimentos, os saltadores contam com um vasto número de realizações, todos
dentro das quatro posições básicas, além das entradas, feitas de frente, de
costas, ou em giro, de ponta cabeça ou de pé. Como esporte misto, conta com
três provas. Seus praticantes, chamados de saltadores ornamentais, precisam ter
habilidades como força e flexibilidade, além de desenvolverem características
como audácia, coragem, perseverança, autoconfiança e concentração.
Surgido como forma de divertimento na Grécia Antiga, atingiu status de esporte no século XX,
ao entrar para a Federação Internacional de
Natação e compor o cronograma
dos Jogos
Olímpicos de 1904.
A história dos saltos ornamentais tem origem na Grécia Antiga, praticada pelas comunidades litorâneas cujos habitantes pulavam
de rochedos,
mergulhando para o fundo das águas. Naquela época, apenas entrar no mar para banhar-se não era
mais divertimento. Era preciso emoção, barulho, mudança na forma calma de
sempre. Para isso, começaram a se jogar, mergulhar, ir até o fundo, subir
em pedras e
barrancos na busca de uma plataforma, chegar até as galhadas das árvores para se impulsionar
ainda mais alto, e assim tornar o simples ato de entrar na água uma diversão de
fato. Recreativa, supõe-se que, sob a luz dos indíciosarqueológicos, esta brincadeira passou a ser preparatória quando migrou para o norte da Europa, no século XVII,
ao que suecos e alemães passaram a utilizar
desta prática para treinar a ginástica,
já que em ambos os países este esporte era bastante popular tanto como forma de
expressão, quanto como preparação militar. Durante os verões europeus, a
aparelhagem dos ginastas era transportada à praia e montada em altas
plataformas ou píeres,
visando a realização de seus movimentos acima da água. Entre os aparelhos
utilizados o mais importante foi o trampolim, que impulsionava os atletas
ao salto, não somente à queda.
Aos poucos, o que era apenas um exercício de ginástica começou a se
tornar verdadeiramente um esporte, que teve, em 1871, a primeira competição documentada realizada: um
torneio no qual os atletas saltavam de uma ponte, na cidade de Londres, Inglaterra. Foi lá que, no século XIX, o esporte ganhou o padrão moderno de disputas, tendo como precursoras
das competições regulamentadas, as provas em lagos turvos cheios de bandos de
patos. Como consequências desse início despreparado, os saltadores, que nem
sempre conheciam a profundidade das águas, por vezes traziam lixo depositado no
fundo ou semachucavam gravemente. Adiante, durante os verões
desse mesmo século, os ginastas suecos e alemães passaram a apresentar seus
saltos e acrobacias nas águas rasas do mar sob o olhar atento das plateias, que
apreciavam a chamada ginástica ornamental. Ao redor da Europa, as primeiras
disputas foram em provas de plataforma. Levado aos Estados Unidos já em forma
de esporte, começou a ser realizado no trampolim.
Em 1901, foi fundada a Associação Amadora de Saltos, o que deu
definitivamente um caráter esportivo à brincadeira do passado. Com regras
internacionais descritas pelos países fundadores da Federação Internacional de
Natação (chamada FINA), a prova
de saltos foi incluída nos Jogos
Olímpicos de Saint Louis,
no ano de 1904.
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