Ela é aplicada a cada dia, a cada
momento em sala de aula. Após o desenvolvimento de uma ou mais atividades de
aprendizagem, faz-se necessário verificar em que medida e por quantos alunos o
objetivo desejado foi efetivamente alcançado.
A avaliação contínua é considerada por muitos um avanço, pois ela está em
conformidade com a Teoria das Múltiplas Inteligências do professor Howard
Gardner. Afinal, se as pessoas aprendem de maneiras diferentes, é justo que
elas sejam avaliadas de maneira diferente.
Porém, alguns professores estão aplicando a avaliação contínua de forma errada.
Ou seja, simplesmente estão aplicando mais testes a seus alunos. Dessa maneira,
além de aumentar a ansiedade dos discentes, esses mestres também perdem tempo
afinal, as aulas destinadas às avaliações ocupam espaço antes destinado a
lecionar em si. Assim, chega o fim do ano, e se é obrigado a "correr com a
matéria". Algo prejudicial tanto para estudantes como para docentes.
Além disso, simplesmente aplicar mais testes altera pouco os resultado s dos
alunos. Quem sempre tirou péssimas notas em química, continuará a tira-las a
diferença é que com uma freqüência maior.
A avaliação contínua pressupõe um monitoramento constante de todas as atitudes,
perguntas, receios, posturas, participações, ausências, além dos testes dos
alunos.
Sim, eles continuam a existir, mas perdem sua condição de importância única e
crucial.
Esse tipo de avaliação deve ser feito a cada nova aula, a cada contato com o
aluno. Um professor deve observar como cada aprendiz procede em face dos
problemas e como ele encontra suas próprias soluções.
A grande desvantagem da avaliação contínua é que ela só funciona em salas com
poucos alunos. Afinal, o professor deve conhecer cada um deles. Não só o nome,
mas também o jeito de ser, aprender e pensar. É preciso conhecer seus gostos e
expectativas.
Outra desvantagem da avaliação continuada é sua subjetividade. É difícil
transformar em algo palpável a participação ou não em sala de aula. Os alunos
precisam saber, com certeza, quais são seus pontos fortes e fracos.
Uma das saídas para esse problema é avaliar por objetivos. Cada professor deve
estabelecer suas metas para aquela classe naquela disciplina, e comunicá-las
aos aprendizes. Alguns exemplos de metas:
frequência
comparecer a pelo menos x % das aulas;
Participação
individual e coletiva participar ativamente das tarefas em classe, sozinho ou
em grupo;
Deveres
cumpridos estudar em casa ou na biblioteca;
Hábitos e
atitudes como o aprendiz agem perante seus colegas e os professores;
Criatividade se
tem facilidade para encontrar solução para os problemas ;
Liderança
verifique, nos grupos, a facilidade de assumir as rédeas da situação e de
aceitar ordens de colegas (ambas características são importantes);
Ética se
cumpre o prometido;
Resultado de
provas orais e escritas.
Os objetivos atingidos pelo aluno são convertidos em uma nota final segundo uma
tabela de conversão desenvolvida pelo docente. Cada meta atingida apresenta,
naquele momento, um peso específico para a construção do resultado final.
Assim, a cada atividade, o professor pode alterar os pesos de cada objetivo na
tabela, de acordo com as necessidades da turma. Esse fato deve ser comunicado
com clareza aos alunos. Porém, todas as atividades dos alunos devem refletir na
avaliação, mesmo com um peso pequeno. É sua função fornecer essa informação a
eles.
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