quarta-feira, 7 de março de 2012

PARA TRABALHAR NA SALA DE AULA

Obesidade

            É uma doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura corporal, que causa prejuízos à saúde do indivíduo. A obesidade coincide com um aumento de peso, mas nem todo aumento de peso está relacionado à obesidade, a exemplo de muitos atletas, que são “pesados” devido à massa muscular e não adiposa.

Classificação
            Existem diversas maneiras de classificar e diagnosticar a obesidade. Uma das mais utilizadas atualmente baseia-se na gravidade do excesso de peso, o que se faz através do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC ou Índice de Quetelet), utilizando-se a seguinte fórmula:

IMC = Peso atual (kg) / altura2 (m2 )
            O uso do IMC é prático e simples e a sua aplicação é recomendada para adultos. A avaliação da massa corporal em crianças e adolescentes é feita através de tabelas que relacionam idade, peso e altura.
            O IMC não é indicado nessas faixas etárias porque crianças e adolescentes passam por rápidas alterações corporais decorrentes do crescimento. A rede pública de saúde usa o “cartão da criança” para verificar a adequação da altura e do peso até os 5 anos de idade. O acompanhamento é feito nos postos de  saúde.

Epidemiologia
            O número de crianças e adultos obesos é cada vez maior, tanto em países pobres ou ricos e até mesmo em países que se caracterizam por uma população magra, como é o caso do Japão. A Organização Mundial de Saúde passou a considerar a obesidade como um problema de saúde pública tão preocupante quanto a desnutrição.
            No Brasil, estima-se que 20% das crianças sejam obesas e que cerca de 32% da população adulta apresentem algum grau de excesso de peso, sendo 25% casos mais graves. A obesidade é um problema sério em todas as regiões do país, mas a situação é ainda mais crítica no Sul. De acordo com dados da Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição (PNSN) de 1989, a prevalência de obesidade em brasileiros com mais de 18 anos de idade é de 28%, no caso dos homens, e de 38% no caso das mulheres. Nos Estados Unidos, a prevalência é de 34% em homens e de 55% em mulheres, com idade entre 20 e 64 anos. Apesar das diferenças econômicas, os países, desenvolvidos ou não, vivem o mesmo problema da alta e crescente prevalência de excesso de peso.
            O número de obesos é maior nas áreas urbanas e também está relacionado ao poder aquisitivo familiar. Quanto maior a renda, maior a prevalência de obesidade, mas esta é cada vez mais alta em mulheres de baixa renda e tende a se estabilizar ou até mesmo diminuir nas classes de renda mais elevada.

Causas
As pessoas engordam por quatro motivos:
·         comem muito,
·         têm gasto calórico dimimuído,
·         acumulam gorduras mais facilmente  
·         têm mais dificuldade de queimá-las.


Conseqüências
Diversas patologias e condições clínicas estão associadas à obesidade.

Alguns exemplos são:
·         Apnéia do sono
·         Acidente vascular cerebral, conhecido popularmente como derrame cerebral.
·         Fertilidade reduzida em homens e mulheres.
·         Hipertensão arterial ou “pressão alta”.
·         Diabetes melito.
·         Dislipidemias.
·         Doenças cardiovasculares.
·         Cálculo biliar.
·         Aterosclerose.
·         Vários tipos de câncer, como o de mama, útero, próstata e intestino.
·         Doenças pulmonares.
·         Problemas ortopédicos.
·         Gota.

            Os prejuízos que o excesso de peso pode causar ao indivíduo são muitos e envolvem desde distúrbios não fatais, embora comprometam seriamente a qualidade de vida, até o risco de morte prematura. Os dados existentes são alarmantes: estima-se que mais de 80 mil mortes ocorridas no país poderiam ter sido evitadas se tais pessoas não fossem obesas.

Tratamento
            O objetivo de tratar a obesidade hoje é alcançar um peso saudável e não mais o peso ideal. Mas o que seria o peso saudável? O peso saudável é aquele adequado para desempenhar as atividades (internas e externas) do organismo, nem para mais, nem para menos. Trata-se de um peso onde as complicações associadas à obesidade são nulas ou mínimas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário