sexta-feira, 30 de março de 2012

VAMOS LER JORNAIS E REVISTAS


Quais serão minhas manchetes?

Além das possibilidades da TV, dos filmes, das histórias em quadrinhos e das artes em geral, há espaço também para trabalhar em aulas com jornais e revistas. Diga-se de passagem que estamos nos referindo nesse caso a um tipo de recurso que está ao alcance de muitos professores e estudantes, seja pelo fato de alguns comprarem ou assinarem ou até pela prática muito comum das escolas disponibilizarem esse material em suas bibliotecas.

Temos que inclusive alertar os educadores para o fato de que o jornal de ontem pode ser muito bem aproveitado no dia seguinte ou mesmo muito tempo depois. O que é considerado velho pela maioria das pessoas é um valioso manancial de textos, imagens, anúncios, quadrinhos, charges, gráficos e tabelas para o uso de professores das mais diversas matérias.

O primeiro, e mais importante, passo para a realização de qualquer atividade relacionada a esses recursos é ler jornais e revistas regularmente e, na medida do possível, sempre que encontrar notícias relacionadas a sua área de atuação específica, guardar o artigo, criar um arquivo, reservar o material para uso futuro.

Essa prática deve, inclusive, ser cotidiana na vida de todo e qualquer profissional da educação que queira estar atualizado com as notícias e sintonizado nas mais variadas possibilidades de recursos e aulas que podem ser estruturados a partir do uso dos jornais ou de revistas.

A utilização em aula dependerá essencialmente da atividade  que você está desenvolvendo com seus alunos. Deve haver uma integração dos temas em desenvolvimento (os conteúdos trabalhados) com artigos, imagens ou qualquer um dos vários recursos disponíveis em jornais e revistas.

Uma das variadas possibilidades de trabalho com jornais é a criação de manchetes a partir das imagens. Nesse trabalho o participante é orientado a não ler a matéria e a dedicar-se exclusivamente ao exame das fotografias, gráficos, desenhos ou tabelas que acompanham a notícia. É de fundamental importância que o texto e as legendas originais não sejam lidos para que os estudantes não sejam influenciados na composição de suas respostas.

Peça então aos alunos para darem uma boa olhada na(s) imagem(ns) do artigo que eles estão recebendo. Repita que eles não devem ler o texto. Se for possível suprima o texto e até mesmo a manchete utilizando-se de tarjas ou mesmo de um simples exercício de cortar e colar.

Com base nessa(s) imagem(ns), os estudantes devem criar um novo título para um suposto artigo que irão desenvolver. Essa atividade deve, num primeiro momento, ser realizada de forma individual e tudo o que for pensado pelos estudantes deve ser anotado numa folha. Diga a eles para escreverem as mais variadas idéias que lhes ocorram para a manchete (sempre relacionando com as imagens) de forma a criar um banco de idéias antes de selecionar aquela que lhes pareceu mais interessante.

Os participantes devem então se reunir com as outras pessoas de suas fileiras e ter em mãos os títulos escolhidos para os artigos baseados nas imagens que viram. O próximo passo são discussões entre os integrantes do grupo sobre as sugestões de manchetes sugeridas por cada participante e a escolha de qual entre elas pode ser considerada a mais interessante e adequada se eles tivessem que compor um artigo.

Numa próxima fase eles devem ser separados em duplas ou trios e a tarefa passa a ser a redação de um artigo com base na manchete considerada pelo grupo anterior como a mais adequada para as imagens que foram analisadas. Depois disso inicia-se a leitura das reportagens produzidas pelas duplas e trios para o restante dos alunos e como conseqüência dessas leituras deverão ser estimulados debates quanto as escolhas para as manchetes e o próprio teor dos textos produzidos.

Depois de todas as etapas anteriores o professor disponibiliza as informações do artigo original e inicia um trabalho comparativo entre as produções dos estudantes e o material publicado pelo jornal ou revista utilizado. É possível trabalhar nessa estratégia com artigos iguais para todos os grupos ou mesmo com artigos diferentes para cada fileira de estudantes. 

Os trabalhos podem depois compor um portfólio comparativo em que sejam apresentados todos os textos produzidos, a imagem que deu origem ao projeto e também o(s) artigo(s) publicado(s) pela(s) revista(s) ou jornal(is).

Trata-se de uma experiência inesquecível para a grande maioria dos alunos envolvidos que lhes permite repensar conteúdos, articular argumentos, compor textos explicativos e, posteriormente até mesmo editar esse material no laboratório de informática.

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