A SELEÇÃO É A PATRIA DE CALÇÕES E CHUTEIRAS
Definição tão nacionalista, sumária, apaixonada e inapelável só poderia
mesmo ter vindo do arsenal de frases memoráveis do célebre dramaturgo e
cronista Nelson Falcão Rodrigues (1912-1980). Senhor de um estilo inconfundível
não apenas no teatro, mas também nas crônicas, teve sempre com o futebol um a
relação apaixonada. Seus comentários esportivos cultivavam, por vezes, o
paradoxo. Vituperando jornalistas que faziam análises lógicas, racionais, ele
os chamava de idiotas da objetividade. Em 1970, quando a seleção deixou o
Brasil sob vaias para ir buscar o tricampeonato no México, Nelson, um dos
poucos a acreditar naquele time glorioso, sentenciou: “A seleção deixou o
exílio”.
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