Taxa de homicídio contra jovens no Brasil
cresceu 346% desde 1980
Um novo relatório
revela o perfil da violência contra crianças e adolescentes no Brasil. O Mapa da Violência 2012 - Crianças e Adolescentes do Brasil,
do sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, usou o Sistema de Informações de
Mortalidade (SIM) para traçar as principais causas de morte entre os 1980 e
2010.
Segundo o relatório, o número de homicídios
contra jovens nesse período representa 176.043 de todas as mortes e a situação
se agravou na última década, quando foram mortos mais de 84 mil jovens. Entre
1980 e 2010, as taxas cresceram 346%.
Com 13
mortes para cada 100 mil habitantes, o Brasil é o quarto país entre as 92
nações do mundo monitoradas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), superado
por El Salvador, Venezuela e Trinidade e Tobago. O Estado mais violento para os
jovens, segundo o relatório, é Alagoas, com 34,8 mil homicídios para cada 100
mil crianças e adolescentes. O mais seguro é o Piauí, com 3,6 casos registrados
para cada 100 mil.
Entre as
capitais, Maceió e Vitória apresentam taxas elevadas: 79,8 e 76,8 assassinatos
por 100 mil crianças e adolescentes, quase seis vezes acima da média nacional.
O município onde mais se mata jovens no Brasil é Simões Filho, na Bahia, com
134,4 mortes para cada 100 mil habitantes.
O relatório
foi divulgado pela comemoração dos 22 anos de vigência do Estatuto da Criança e
do Adolescente (ECA), completados na última sexta-feira, em parceria da
Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso) e do Centro Brasileiro
de Estudos Latino-americanos (Cebel).
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