Educar para o Trânsito possibilita
intervir nessa situação, procurando desenvolver ações geradoras de melhor
qualidade de vida e mais segurança, com atitudes cooperativas no trânsito. Um
ambiente educacional deve propiciar a confrontação de pontos de vista
divergentes, de concepções diferentes a respeito de uma mesma situação ou
tarefa.
Segundo PIAGET, assim é possível
produzir conflitos sócio cognitivos, mobilizando e forçando reestruturações
intelectuais e, com isso, o progresso intelectual e emocional, pois a
confrontação de ideias não significa uma competição, mas a exposição de pontos
de vista divergentes - multidiversidade.
Quando o ambiente educacional é do tipo
cooperativo, o nível de rendimento e a produtividade dos alunos são melhores,
os alunos trabalham em grupo, são levados a refletir sobre o pensamento dos
outros, respeitando-se, ajudando-se e trocando informações.
É muito difícil educar crianças numa
sociedade competitiva. Devemos chamar a atenção para o fato de que se vive num
mundo de competição, mas capacitar para fazer uma coisa mais difícil do que competir: solidarizar.
Desta forma, as estratégias e os
materiais da Educação para o Trânsito são elaborados para a utilização em grupo
pois, nos trabalhos em equipe, cada indivíduo tem uma parcela de autoridade e
condições para a formação do mecanismo social de respeito mútuo, de troca de
informações e pontos de vista, que é a base da cooperação.
Ao favorecer as relações sociais, o
aluno terá a oportunidade de perceber que sua qualidade de vida depende da sua
atitude no trânsito.
Com o tema trânsito, há múltiplas
possibilidades para o professor exemplificar o valor de uma relação
cooperativa. Ele deverá, porém, sempre estender esta relação para todas as áreas.
Na nossa sociedade, existe um senso
comum de que a competição é necessária para estimular o progresso. No entanto,
quando estendida ao trânsito, ela gera conflito e desrespeito. Assim, a
Educação deve desenvolver atitudes cooperativas e fazer com que esses conceitos
sejam aplicados ao viver social, remetendo a uma nova visão das questões
complexas do comportamento do homem no trânsito.
A visão ideal deve ter como princípio
que tudo e todos interagem e complementam-se, visando um funcionamento equânime.
As relações sociais dependem desta organização flexível e dinâmica.
A educação pode desempenhar uma tarefa
importante neste processo: o papel atualmente atribuído à escola é o de formar
cidadãos capazes intelectualmente, com habilidades profissionais específicas,
treinados a conviver com o mundo, a adaptar-se e a atuar segundo regras
vigentes.
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