Há
muitas explicações para o 1 de abril ter se transformado no dia da
mentira, também conhecido como dia das mentiras, dia das petas,
dia dos tolos (de abril) ou dia dos bobos. Uma delas diz que a brincadeira
surgiu na França.
Desde o começo do século XVI, o Ano Novo era festejado no dia 25 de março,
data que marcava a chegada da primavera. As festas duravam uma semana e terminavam no dia 1 de abril.
Em
1564, depois da adoção do calendário gregoriano, o rei Carlos IX de França determinou que o ano novo
seria comemorado no dia 1 de janeiro. Alguns franceses
resistiram à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, pelo qual o
ano iniciaria em 1 de abril. Gozadores passaram então a ridicularizá-los, a
enviar presentes esquisitos e convites para festas que não existiam.
Essas brincadeiras ficaram conhecidas como plaisanteries.
Em
países de língua inglesa o dia da mentira costuma ser conhecido
como April Fool's Day, "Dia dos Tolos (de abril)"; na Itália
e na França
ele é chamado respectivamente pesce d'aprile e poisson d'avril,
literalmente "peixe de abril".
No
Brasil, o primeiro de abril começou a ser difundido em Minas Gerais,
onde circulou A Mentira, um periódico de vida efêmera, lançado em 1º de
abril de 1828, com a notícia do falecimento de Dom Pedro,
desmentida no dia seguinte. A Mentira saiu pela última vez em 14 de
setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia
1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.
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