Uma verdadeira equipe não é um aglomerado de pessoas reunidas pelo medo, necessidade ou anseio por vitórias sobre outros. Uma equipe é mais que mera reunião. É uma junção de pessoas fortalecidas por laços orgânicos. O que define uma equipe é a causa comum que consegue acolher visões diferenciadas. O que define uma equipe é a capacidade de somar diferenças. O que define uma equipe de sucesso é a capacidade conjugada de abdicar de interesses pessoais em favor de uma soma de competências. E tudo isto, não necessariamente para grandes obras, grandes feitos ou atos revolucionários. É no cotidiano, nas pequenas coisas que se constrói a teia, que se solidificam os elos, que se acomodam as pedras da estrutura.
Toda equipe precisa de um ou mais líderes. Erra quem acha que eles são os mais importantes da cadeia formadora da equipe. Eles são os que validam a importância de todos. São melhores líderes os que conseguem captar, dentre a banalidade habitual do cotidiano, os valores e relevâncias de cada pessoa e, descobertos esses valores, fazer com que eles aflorem, num belo manancial de força e mobilização. Desconfiem dos líderes que sempre dão ordens. Os melhores mobilizam talentos e vontades. O verdadeiro líder raramente precisa mandar, pois seu esforço por fazer nascer na equipe o desejo duma colaboração voluntária é sempre coroado.
Eis o desafio: dizer cada vez menos o EU imperativo e assumir o NÓS colaborativo. Esta é uma mentalidade transformadora. Esta é uma postura capaz de construir impérios solidificados na ética, na verdade, no bem e no belo. Grandes líderes humanitários ensinaram, ao longo da História humana a construção alicerçada no acolhimento de diferenças, na soma dos valores individuais – sem contradizer o anseio pelo fortalecimento do tecido coletivo. Assim, conseguiram transcender-se e transcender. Assim, realmente foram exemplo a seguir. Conseguiam construir EQUIPES, TIMES vencedores, cujas histórias ficaram e ficarão na História, como lembranças suaves a embalar os corações e almas. Todos os demais foram apenas chefes, perdidos em suas ilhas de ilusão e reconhecimento efêmero.
O líder é o que sabe canalizar sentidos em prol do outro. Saber abrir os braços para o toque. Saber usar as pernas para caminhar ao encontro. Saber distinguir os aromas dos receios e o sabor das conquistas. E, acima de tudo, saber OUVIR! Ouvir o outro, saber de suas necessidades, saber de suas falas, perceber o que es esconde nas entrelinhas do que é dito e no silêncio do não-dito.
Investir na força da liderança verdadeira é tarefa que toda organização que almeja o sucesso deve ter em suas ações. Desafios e dificuldades se impõem, é claro. É fácil para um líder se deixar embalar pela falsa sedução do comando. Mas cabe aos líderes o papel diferenciado de, pelo menos, TENTAR um mundo melhor!
Nenhum comentário:
Postar um comentário