O saber e o saber ensinar no Componente Curricular
No
que concerne aos programas de História, é preciso conciliar o saber e o “saber
ensinar”, utilizar a prática investigativa, a conscientização dos problemas da
sociedade em que se inserem, bem como a concretização dos conteúdos
programáticos.
Faz-se necessário o domínio de métodos e técnicas que permitam abordagens de
temas mais diversificados; e que conduzam o aluno à exploração de competências.
As inovações tecnológicas exigem o domínio de habilidades cognitivas mais
complexas e o desenvolvimento de novos instrumentos de avaliação das
competências básicas usadas no ensino de História.
A História ensinada/aprendida deve ser organizada segundo a estrutura do
próprio saber científico: a História ciência, com a sua estrutura complexa e
própria, os seus métodos investigativos, a interdinâmica dos seus conceitos.
Afastar-se desta linha pedagógica pode ser visto como falta de rigor científico
de aprendizagem. Assim, os Parâmetros Curriculares Nacionais têm sugerido, em
linhas gerais, a orientação do rigor científico, embora alguns professores
sejam levados na prática a proceder às adequações indispensáveis que a
realidade lhes impõe.
O aluno de História deve ser solicitado a assumir a atitude inerente à pesquisa
histórica: são lhe apresentados documentos de diversas naturezas, que ele
deverá interpretar, a fim de chegar a conclusões que se pretende fundamentar.
Muitas vezes os alunos não sabem como se preparar nesta disciplina, nem como
articular as diversas atividades que realizaram ao longo das aulas, o que pode
ser, para eles, um fator de perturbação, insegurança e desinteresse.
O desenvolvimento de uma atitude científica e a aprendizagem das competências
necessárias à investigação não são as únicas finalidades desta disciplina, nem
se revelam incompatíveis com outros processos de trabalho na aula. Por exemplo,
a exposição do professor quando necessária, ou a criação de situações simuladas
e/ou dramatizadas, antecedidas do estudo de documentos e informações que
assegurem o seu tratamento rigoroso.
Há várias décadas a escola vem transformando as desigualdades sociais e
culturais em desigualdades de resultados escolares, devido à sua indiferença
pelas diferenças. Atualmente novas ferramentas estão sendo utilizadas para
demonstrar que o fracasso em determinada disciplina escolar não é uma
fatalidade, mas uma falta de suporte pedagógico e de uma pedagogia
diferenciada, ou seja, a individualização dos percursos de formação, diante de
um ensino planejado e de “saberes” articulados com as competências.
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