terça-feira, 16 de outubro de 2012

16 DE OUTUBRO - Dia Mundial da Alimentação


      Desde 1981 que no dia 16 de Outubro se tem comemorado o Dia Mundial da Alimentação.
          Este direito consta do artigo XXV da Declaração Universal dos Direitos Humanos em cujo articulado se pode ler "Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente pare lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade." 
    Se nos países europeus, de um modo geral, este é um direito relativamente assegurado, as estimativas apontam para cerca de 30 milhões afectados pela fome, tal está longe de se verificar a nível mundial, havendo indicações de que mais de 1000 milhões de pessoas enfrentam de uma maneira continuada o espectro da fome, da insegurança alimentar, tanto na vertente quantitativa como qualitativa. De fato este é o número de pessoas que se encontrarão abaixo do limiar da pobreza, estabelecido pela ONU num montante de 1 dólar por dia, considerado como o mínimo necessário à sobrevivência.
      Segundo o estudioso norte-americano Phillip Harten, no mundo, 13 pessoas em cada 100 são afectadas diariamente pela fome, não levando em conta a grande fatia que sofre de carências em nutrientes essenciais, como proteínas, minerais e vitaminas.
Mais uma vez, e pelas piores razões, a África destaca-se na prevalência deste flagelo. As imagens chocantes que nos chegam, a par do coro de boas intenções que continuam a ser proclamadas pelas instâncias internacionais, começam a ser encaradas como fazendo parte dos velhos problemas insolúveis, a cansar as opiniões públicas dos países desenvolvidos, que num paradoxal desenvolvimento de comportamentos autistas se vão alheando e conformando com a situação, dando razão ao velho adágio popular "longe da vista, longe do coração".
      Felizmente, este sentimento fatalista está a ser quebrado em países como o Brasil, onde nos últimos anos se tem assistido à implementação do programa Fome Zero, envolvendo estruturas político-administrativas desde o governo federal aos municípios e a sociedade civil, que muito tem contribuído para o acesso aos alimentos por parte dos mais pobres, promovendo a agricultura familiar e a inclusão social.

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