Arroz
O arroz que comemos no dia a dia foi
domesticado no sudeste da Ásia há cerca de 5.000 anos, e ainda hoje é o
principal alimento daquele continente. Os índios tupis cultivavam, em tempos
pré-colombianos, uma espécie de arroz selvagem, conhecido como abati-uaupé
(milho d’agua), que nunca foi domesticado, mas ainda pode ser encontrado em
alguns locais alagados do Brasil.
Estudos evidenciam que integrantes da
expedição de Pedro Álvares Cabral, traziam consigo amostras de arroz. Na Bahia,
em 1587, as lavouras arrozeiras já ocupavam grandes extensões de terras
chegando, em 1745, ao Estado do Maranhão. Em 1766, a Coroa Portuguesa autorizou
a instalação da primeira descascadora de arroz no Brasil, na cidade do Rio de
Janeiro.
Cultura do arroz
O arroz é um alimento de singular
importância nutritiva e cultural, sendo, entre as espécies alimentícias, a que
apresenta maior potencial para combater a fome do mundo. É o segundo cereal
mais consumido, é saudável, nutritivo, e de fácil preparo, além de ser adaptado
para o cultivo nas mais variadas regiões do Planeta. No Brasil é o acompanhante
de quase todos os pratos da culinária. O mito de que arroz engorda tem sido
superado pela população mundial, pois comparado a outros alimentos como batata
frita, massas, salgadinhos industrializados, pipoca, sanduíches, bolachas
recheadas e etc, este apresenta-se como um alimento saudável, rico em vitaminas
e fibras e de valor calórico reduzido
.
Características
nutricionais
O arroz é responsável por 18% das calorias
diárias necessárias para adultos.
O grão de arroz contém pouco mais que ¾ de
carboidratos, 7% de proteínas, 12% de água e, em menor quantidade, gordura,
fibras, minerais e vitaminas.
Não contém glutén, o que possibilita seu
consumo por portadores de doença celíaca.
Reações alérgicas ao arroz são praticamente
desconhecidas.
É de fácil digestão.
Não eleva rapidamente o açúcar no sangue,
podendo então fazer parte da dieta de diabéticos.
Fique por dentro
Arroz integral
Somente a casca é retirada e o arroz não
passa pelo polimento, isto é, permanece com o grão intacto preservando suas
características nutricionais tais como maior concentração de proteínas, carboidratos
e gorduras (benéfica à saúde), fibras, vitaminas (principalmente do complexo B)
e sais minerais (principalmente fósforo e potássio).
Arroz polido
É beneficiado, isto é, perde a casca e a película rica em nutrientes.
É a base da alimentação do brasileiro, rico em carboidratos e pobre em proteínas.
Arroz parbolizado
Passa por tratamento térmico (água quente)
quando ainda está com casca, o que permite a transferência dos nutrientes da
casca para o interior do grão, por isto possui um valor nutricional maior que o
arroz polido.
A mistura que dá certo
O arroz e o feijão, servidos juntos, se
complementam, rendendo ao nosso organismo uma mistura de alto valor nutritivo e
de fácil digestão. Esta combinação proporciona ao organismo todas as proteínas
necessárias, podendo, eventualmente, substituir a carne bovina ou o frango no
cardápio semanal. Para alguns pesquisadores, a combinação de feijão com arroz é
uma expressão da sociedade brasileira, combinando o sólido com o líquido, o
negro com o branco, resultando em um prato de síntese, representativo de um
estilo brasileiro de comer. O mulato, tido como "o brasileiro", seria
a própria mistura: nem o preto do feijão, nem o branco do arroz, um prato
miscigenado.
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