terça-feira, 13 de novembro de 2012

O QUE FOI A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA?


República é o sistema de governo em que um ou vários indivíduos eleitos pelo povo exercem o poder supremo por tempo determinado.

Nesta data, no ano de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca entrou no Quartel-General do Exército (hoje Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro), montado num cavalo e terminou com o último Gabinete da Monarquia, que se encontrava em reunião naquele local.

Na verdade, o sistema monárquico de governo já não tinha o apoio de antes da Igreja, nem dos militares, nem das lideranças civis e dos antigos senhores de escravos. Essa insatisfação generalizada enfraqueceu a monarquia e o gesto do marechal Deodoro foi o marco decisivo para abolir aquele sistema e implantar a República. O fato é que muitos só esperavam que isso acontecesse após a morte do imperador D. Pedro II, admirado e respeitado por todos.

O marechal Deodoro, ao chefiar o movimento pacífico do qual se tratou a Proclamação da República no Brasil (não houve derramamento de sangue), marcou o início de uma nova era no país, a partir do ano de 1889. O começo da era republicana, que se firmou de fato com o marechal Floriano Peixoto, sucessor de Deodoro.

Ninguém pode afirmar com certeza que o Marechal Deodoro quisesse de fato proclamar a República. Ele era amigo de D. Pedro II e tinha boas relações com a família imperial.

Entretanto, sua ação já havia avançado de uma tal maneira que não seria possível voltar atrás. Muitos militares saudavam a República das janelas dos quartéis, aguardando a conclusão do movimento.

À frente do Gabinete da Monarquia se encontrava o Visconde de Ouro Preto, de quem Deodoro guardava alguns ressentimentos: primeiro, por ter nomeado seu grande inimigo, Gaspar Silveira Martins, para a presidência do Rio Grande do Sul; e, segundo, por ter oferecido a presidência da província de Mato Grosso a Cunha de Matos, com o qual não se entendia.

Nessa mágoa de Deodoro é que os republicanos convictos se agarraram, vencendo a indecisão afetiva do Marechal e o aliciando definitivamente para a conspiração e o derradeiro golpe. Militares como Benjamin Constant e Sólon Sampaio Ribeiro, sabendo tanto do seu descontentamento com o Visconde de Ouro Preto quanto do seu prestígio entre os soldados, souberam estrategicamente convencer Deodoro a favor da causa republicana.

Elaborada e promulgada rapidamente, a nova Constituição do país determinava que o primeiro presidente da República e o seu vice fossem eleitos pelo Congresso Nacional. Ganharam a eleição o Marechal Deodoro para a presidência e o Marechal Floriano Peixoto para a vice-presidência. Ambos de chapas diferentes, iniciando, dessa forma, uma prática que viria a se tornar comum: a de o presidente e o vice serem de partidos opostos.

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