A CASA DA MÃE JOANA
A
expressão ‘casa da mãe Joana’ alude a lugar em que se pode fazer de tudo, onde
ninguém manda, uma espécie de grau zero do poder. A mulher que deu nome a tal
casa viveu no século XIV. Chamava-se, obviamente, Joana e era condessa de Provença
e rainha de Nápoles. Teve vida cheia de muitas confusões. Em 1347, aos 21 anos,
regulamentou os bordéis da cidade de Avignon, onde vivia refugiada. Uma das
normas dizia: “o lugar terá uma porta por onde todos possam entrar”. ‘Casa da
mãe Joana’ virou sinônimo de prostíbulo, de lugar onde impera a bagunça, mas a
alcunha é injusta. Escritores como Jean Paul Sartre (1905-1980), em A
prostituta respeitosa, e Josué Guimarães (1921-1986), em Dona
Anja, mostraram como poder, o respeito e outros
quesitos de domínio conexo são nítidos nos bordéis.
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