COBRA QUE PERDEU O VENENO
Aplica-se esta frase a pessoas iradas que, entretanto, nada podem fazer
em situações de desespero. Nasceu de crendice popular de que as cobras, para
não sucumbirem ao próprio veneno, depositam-no em folhas quando precisam tomar
água. Ao voltarem dos riachos, algumas acabam esquecendo-se de onde o puseram,
metendo-se como loucas à procura de peçonha temporariamente dispensada. O
escritor maranhense Henrique Maximiano Coelho Neto (1864-1934), autor de mais
de cem livros e um dos membros-fundadores da Academia Brasileira de Letras,
registrou o adágio em sua peça A
muralha, numa fala da personagem Ana que, incapaz de
resistir ao jogo do bicho, comporta-se como cobra que perdeu o veneno.
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