domingo, 30 de novembro de 2014

FIM DE ANO NA ESCOLA

Fim de ano na escola é sinônimo de aflição, muitos pais ficam preocupados com a possível retenção do filho na série cursada, principalmente com aqueles que apresentam notas baixas no decorrer de todos os bimestres. Esse é o período em que pais e alunos pressionam coordenação e professores para oferecerem possíveis chances de recuperação. 

Alguns pais recorrem aos professores particulares para um reforço maior com o objetivo de não permitir que o seu filho perca o ano. Em muitos casos o aprender fica em segundo plano, o importante mesmo é a aprovação, isso porque todos sabem dos prejuízos resultantes de uma reprovação escolar. 

Existem ocasiões em que um aluno deve ser retido isso (quando não detém o conhecimento mínimo para avançar para a série seguinte), mas existem casos em que o aluno teve dificuldade somente em uma parte do semestre, para eles a recuperação é uma boa alternativa, pois é possível obter bons resultados de aprendizagem. 

Os pais devem perceber que seus filhos estão na escola para aprender, não para atingir notas somente. Grande parte das famílias leva em conta as notas, aprendizagem é irrelevante. 

Final de segundo semestre na escola é um período que envolve toda a família, as atitudes da mesma com o aluno devem ser aplicadas de maneira prudente para não causar nenhum tipo de trauma no educando.

sábado, 29 de novembro de 2014

Líderes que inspiram a paz

Mahatma Gandhi foi um dos maiores líderes pacifistas da história, levando multidões a conhecer e a praticar o significado da não violência, na sua luta pela independência da Índia. Certa vez o líder indiano comentou o seguinte: "Posso até estar disposto a morrer por uma causa, mas nunca a matar por ela!". Quando, em certos momentos, a violência começou a se manifestar entre os indianos, Gandhi praticou o jejum, por duas vezes, colocando em risco a sua própria vida, com o objetivo de sensibilizar seus seguidores a não fazer uso da violência.
No outro lado do mundo, Martin Luther King, no seu famoso discurso "Eu tenho um sonho", em 1963, exortou os seus ouvintes com toda a convicção a lutarem pela liberdade e dignidade dos negros nos EUA, que na época sofriam segregação racial, violência policial e perseguições diversas. Porém, acrescentou no seu discurso "Não devemos deixar que nosso criativo protesto degenere em violência física. Sempre e cada vez mais devemos nos erguer às alturas majestosas de enfrentar a força física com a força da alma".
Homens como Gandhi e Martin Luther King provaram ao mundo que é possível promover grandes mudanças sem lançar mão da violência como forma de resolver conflitos. A Índia conheceu sua independência depois de décadas de diálogos e protestos pacíficos, liderados por Gandhi e seus discípulos. As leis racistas americanas foram abolidas graças ao empenho e à persistência de Martin Luther King e seus seguidores.
Os grandes líderes da humanidade nos ensinam que a não violência não se confunde com passividade ou harmonia idealizada. A não violência é um caminho que exige um exercício contínuo e incansável de diálogo, uma luta determinada e persistente contra as injustiças, uma prática constante de ações criativas em prol da humanidade.

Como vivemos numa época em que carecemos de bons modelos éticos para guiar nossas ações, busquemos nas belas páginas das vidas dos grandes líderes do passado a inspiração necessária para fazer a nossa parte na construção de uma cultura da paz no presente. E se houver lutas nesta construção, que elas aconteçam com a força da alma!

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

PARA QUE BRINCAR DE LUTAR?

Imaginem a seguinte cena: um grupo de cinco crianças de sete anos brincando no recreio. Dois deles são perseguidos pelos outros três que esbravejam "Vamos, temos que acabar com o "Duende Verde" e seu ajudante! Atrás deles!" Quando finalmente o grupo os alcança, tem início a luta. Os que tentam prender o "Duende" e seu ajudante puxam a camisa, seguram pelo braço, derrubam-o no chão e o seguram pela perna. O "Duende", tentando fugir, chuta, empurra, grita. No auge do confronto, ele consegue escapar às custas de um arranhão no "inimigo", que começa a chorar.
Nós adultos, diríamos: "Só podia dar nisso, ficam só assistindo esses desenhos violentos de hoje!". Mas, brincadeiras e dramatizações onde a violência aparece não são exclusivas de nosso tempo, são recorrentes em diversas culturas. Por que então algo que parece tão maléfico e sem propósito teima em se fazer presente no nosso dia-a-dia?

Brincando, a criança aprende sobre si mesma e sobre o mundo. Nesse processo ela é um agente ativo em seu próprio desenvolvimento, construindo e adaptando-se à realidade. Usa sua imaginação, expressa suas emoções, ganha autoconfiança e aprende a reforçar seus laços afetivos. É através da brincadeira que as crianças aprendem a lidar com tudo o que, na realidade, é assustador, como a violência e a morte. A brincadeira provoca na criança uma sensação de poder e controle que ela não tem na vida real, por se tratar de um faz de conta que ela comanda. Por isso, antes de proibir, devemos entender essas brincadeiras como parte do processo de crescimento de qualquer criança e ajudá-la a lidar com elas, já que às vezes alguém se machuca de verdade.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

ÉTICA,VALORES E MORAL NA EDUCAÇÃO

Quando perguntamos aos educadores qual a meta de seu trabalho, a grande maioria diz que gostariam de formar alunos éticos, questionadores, que tivessem ações pautadas nos valores humanos e numa moral que prezasse pela retidão de caráter. Mas para que realmente isso ocorra, os educadores devem tentar ver a escola como um local que não é unicamente de transmissão de conteúdos.
Ao percebermos que não há como separar conteúdos de valores, podemos não nos desgastar tanto, pois estaremos mais preparados para lidar com situações de conflitos, preconceitos, discriminação, etc. Ensinar valores é inevitável, pois se sabe que as crianças e jovens não aprendem tanto pelo falamos, mas muito mais pelo que fazemos. Quando entendemos essa questão, temos possibilidade de optar por quais valores os alunos irão aprender e sabemos que inevitavelmente seremos um modelo o qual os alunos imitarão.
Diante disso, podemos nos tornar mais cautelosos e cônscios de nossas atitudes. E quando houver situações pertencentes ao campo das relações humanas, elas poderão ser encaradas como oportunidades educativas para trabalhar a moral, a ética e os valores.

Assim, para que a escola realmente possa colaborar para que seus alunos sejam éticos e questionadores, ela precisa ter isso como meta real, decidida coletivamente. Tendo clara qual a meta a ser atingida, deve propiciar espaços planejados de socialização: trabalhos em grupo, ações solidárias e participação do corpo discente na elaboração das regras de convivência da escola. Quando as incivilidades aparecerem, e certamente aparecerão, elas devem ser encaradas como oportunidades para que os alunos vivenciem valores, resolvendo seus conflitos sem violência e respeitando de verdade as diferenças.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

O lugar da família quando o tema é violência escolar

Quando buscamos as causas da violência escolar, as famílias dos alunos frequentemente aparecem como uma das principais causas de tal fenômeno. Mas até que ponto essa crença é correta?
Sem dúvida, a família é essencial no desenvolvimento de qualquer indivíduo e poderíamos dizer que ela muitas vezes é a base para a formação da nossa personalidade. Mas não podemos deixar de pontuar que ela não é a única influência à qual as crianças estão submetidas. Desde que nascemos recebemos inúmeros estímulos dos mais variados ambientes e é essa conjunção de impressões que vamos colhendo ao longo da vida, a partir dos lugares que passamos e das pessoas com as quais convivemos que irá determinar nosso caráter. Assim, embora a família tenha um peso bastante considerável na nossa formação, não necessariamente será a referência determinante. Podemos ter como maior referência em nossa vida um professor, uma religião ou até mesmo a família de um amigo, pois somos seres humanos multifacetados e nossa identidade se constrói através de uma série complexa de situações, como se fosse um quebra-cabeça.
Nesse quebra-cabeça cada um que passar pela vida de uma criança terá sua parcela de responsabilidade por aquilo que ela se tornará e sem sombra de dúvida, a escola pode e deve contribuir para que sua parcela de participação seja perene e determinante. Isso significa pensar que assim como as famílias, os educadores são modelos para seus alunos, querendo ou não. Ao aprenderem por imitação, as crianças colocam o fator ambiental como causa dos seus comportamentos, fator esse que é representado pelas famílias, pela escola, pelos amigos, pela sociedade em geral.

Desta forma, a escola pode, assim como a família, ser uma das peças importantes desse complexo quebra-cabeça que é o caráter dos seus alunos e deve aproveitar essa excelente oportunidade de fazer a diferença!

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

7 dicas para garantir um bom desempenho em provas finais

1. Comece a estudar cedo

Não deixe seus estudos para a última hora. Organize-se para que seja possível começar a estudar pelo menos uma semana antes de suas avaliações. Além disso, em suas próximas aulas, passe a se esforçar para revisar no mesmo dia o conteúdo apresentado em sala.

2. Crie um plano de estudos

Verifique quais matérias você precisa estudar e quais devem ser analisadas com mais atenção. Encontre um horário no qual você possa dedicar-se exclusivamente aos estudos e avise seus colegas e familiares que precisa desse tempo reservado para que você não perca o foco com outras atividades.

3. Baseie seus estudos em suas anotações

A maioria dos professores elabora as provas a partir do conteúdo que apresentaram em aula, formulando questões com informações que eles mesmos disseram aos alunos. Por isso, ao estudar, dê mais atenção às anotações que você registrou em sala para garantir que seu conhecimento estará focado no assunto da avaliação de maneira precisa.

4. Dormir bem

Não pense que virar noites acordado estudando ajudará você a ter um melhor desempenho nas provas. Pelo contrário; perder tempo de sono interferirá de maneira negativa no seu raciocínio, fazendo com que você esteja desatento e acabe se prejudicando na avaliação. Por isso, certifique-se de dormir por uma quantidade de horas adequada durante o período dos exames finais.

5. Encontre um bom lugar para estudar

O local onde você estuda é essencial para garantir que você relembre o conteúdo de maneira eficiente. Por isso, escolha um lugar silencioso, confortável e com boa iluminação e procure fazer desse ambiente seu espaço de estudos oficial.

6. Evite distrações

Durante o horário que você reservar para os estudos, não deixe que distrações interfiram. Esqueça que as redes sociais existem por um tempo e espere para sair com seus amigos depois que a semana de provas terminar. Se você se dedicar totalmente a ter um bom desempenho nas avaliações, os resultados compensarão o esforço.

7. Seja estratégico

Para que você aproveite seus estudos de maneira mais eficiente, utilize estratégias para dividir seus horários de acordo com a atenção que deve ser dedicada às matérias nas quais você encontra mais dificuldades. Dessa maneira, você não perde tempo estudando para avaliações que não exigem tanto esforço de você.

sábado, 22 de novembro de 2014

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2015

Com o tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 45), a  Campanha da Fraternidade (CF) 2015 buscará recordar a vocação e missão de todo o cristão e das comunidades de fé, a partir do diálogo e colaboração entre Igreja e Sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II.

O texto base utilizado para auxiliar nas atividades da CF 2015 já está disponível nas Edições CNBB. O documento reflete a dimensão da vida em sociedade que se baseia na convivência coletiva, com leis e normas de condutas, organizada por critérios e, principalmente, com entidades que “cuidam do bem-estar daqueles que convivem”.
Na apresentação do texto, o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, explica que a Campanha da Fraternidade 2015 convida a refletir, meditar e rezar a relação entre Igreja e sociedade.
“Será uma oportunidade de retomarmos os ensinamentos do Concílio Vaticano II. Ensinamentos que nos levam a ser uma Igreja atuante, participativa, consoladora, misericordiosa, samaritana. Sabemos que todas as pessoas que formam a sociedade são filhos e filhas de Deus. Por isso, os cristãos trabalham para que as estruturas, as normas, a organização da sociedade estejam a serviço de todos”, comenta dom Leonardo.
Proposta do subsídio
O texto base está organizado em quatro partes. No primeiro capítulo são apresentadas reflexões sobre “Histórico das relações Igreja e Sociedade no Brasil”, “A sociedade brasileira atual e seus desafios”, “O serviço da Igreja à sociedade brasileira” e “Igreja – Sociedade: convergência e divergências”.
Na segunda parte é aprofundada a relação Igreja e Sociedade à luz da palavra de Deus,  à luz do magistério da Igreja e à luz da doutrina social.
Já o terceiro capítulo debate uma visão social a partir do serviço, diálogo e cooperação entre Igreja e sociedade, além de refletir sobre “Dignidade humana, bem comum e justiça social” e “O serviço da Igreja à sociedade”. Nesta parte, o texto aponta  sugestões pastorais para a vivência da Campanha da Fraternidade nas dioceses, paróquias e comunidades.
O último capítulo do texto base apresenta os resultados da CF 2014, os projetos atendidos por região, prestação de contas do Fundo Nacional de Solidariedade de 2013 (FNS) e as contribuições enviadas pelas dioceses, além de histórico das últimas Campanhas e temas discutidos nos anos anteriores.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Dia Nacional da Consciência Negra

O dia 20 de novembro faz menção à consciência negra, a fim de ressaltar as dificuldades que os negros passam há séculos. A escolha da data foi em homenagem a Zumbi, o último líder do Quilombo dos Palmares, em consequência de sua morte. Zumbi foi morto por ser traído por Antônio Soares, um de seus capitães.
A localização do quilombo ficava onde é hoje o estado de Alagoas, na Serra da Barriga. O Quilombo dos Palmares foi levantado para abrigar escravos fugitivos, pois muitos não suportavam viver tendo que aguentar maus tratos e castigos de seus feitores, como permanecerem amarrados aos troncos, sob sol ou chuva, sem água e sofrendo com açoites e chicotadas. O local abrigou uma população de mais de vinte mil habitantes.
Ao longo da história, os negros não foram tratados com respeito, passando por grandes sofrimentos. Pelo contrário, foram escravizados para prestar serviços pesados aos homens brancos, tendo que viver em condições desumanas, amontoados dentro de senzalas.
Muitas vezes suas mulheres e filhas serviam de escravas sexuais para os patrões e seus filhos, feitores e capitães do mato, que depois as abandonavam.
As casas dos escravos eram de chão batido, não tinham móveis nem utensílios para cozinhar. As esposas dos barões é quem lhes concedia alguns objetos, para diminuir as dificuldades de suas vidas. Nem mesmo estando doentes eram tratados de forma diferente, com respeito e dignidade. Ficavam sem remédios e sem atendimento médico, motivo pelo qual inventaram medicamentos com ervas naturais, ações aprendidas com os índios durante o período de colonização.
Algumas leis foram criadas para defender os direitos dos negros, pois muitas pessoas não concordavam com a escravização. A Lei do Ventre Livre foi a primeira delas, criada em 1871, concedendo liberdade aos filhos dos escravos nascidos após a lei. No ano de 1885, criaram a Lei dos Sexagenários, dando liberdade aos escravos com mais de sessenta anos de idade.
Porém, com a Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1888, foi que os escravos conquistaram definitivamente sua liberdade.
O grande problema dessa libertação foi que os escravos não sabiam realizar outro tipo de trabalho, continuando nas casas de seus patrões, mesmo estando libertos. Com isso, a tão esperada liberdade não chegou por completo.
As oportunidades de vida que tiveram eram limitadas apenas aos trabalhos pesados, como não haviam estudado e não aprenderam outros ofícios além dos braçais, porém, alguns conseguiram emprego no comércio.
O dia da consciência negra surgiu para lembrar o quanto os negros sofreram, desde a colonização do Brasil, suas lutas, suas conquistas. Mas também serve para homenagear àqueles que lutaram pelos direitos da raça e seus principais feitos.

Na data são realizados congressos e reuniões discutindo-se a história de preconceito racial que sofreram, a inferioridade da classe no meio social, as dificuldades encontradas no mercado de trabalho, a marginalização e discriminação, tratando-se também de temas como beleza negra, moda, conquistas, etc.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

PESQUISA NA INTERNET

Mais de 90% professores utilizam conteúdos da internet para dar aulas, diz pesquisa.
A pesquisa apontou também que 88% dos docentes fazem adaptações nos conteúdos.

Pesquisa  realizada pela Ong Ação Educativa com o apoio da Wikimedia Foundation sobre recursos educacionais abertos — ou seja, dispostos gratuitamente na internet —  no Brasil — menciona que 96% dos professores de educação básica utilizam esses conteúdos para elaborar aulas e ajudar nos estudos.
Os dados têm base em um estudo da TIC Educação, realizado em 2013 pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). A pesquisa apontou também que 88% dos docentes fazem adaptações nos conteúdos abertos disponíveis. Porém, apenas 21% dos entrevistados, disseram que publicam seus materiais na web.

Os resultados do estudo “Recursos educacionais abertos no Brasil: o campo, os recursos e sua apropriação em sala de aula” realizado pela Ação Educativa e pela Wikimedia Foundation complementam essas informações, e foram apresentados na última terça-feira (30 de setembro), em São Paulo.
Para esse estudo, foram realizados levantamentos entre março e agosto de 2014. O objetivo foi identificar os principais atores do campo dos REA (Recursos Educacionais Abertos) no Brasil. 

Também foram computadas quais são as oportunidades e obstáculos para o uso e a apropriação dos REA em língua portuguesa pelas comunidades Wikimedia e educacional do País. 

sábado, 15 de novembro de 2014

O papel da escola e da família na formação moral

O desenvolvimento da autonomia, do senso crítico, da justiça, de relações mais justas e solidárias é uma das metas encontradas na maioria dos Projetos Pedagógicos das instituições escolares. Apesar disso, estudos mostram que alguns educadores consideram a formação moral uma responsabilidade exclusiva da família. Insatisfeitos, os profissionais alegam que são obrigados a suprir uma “lacuna” familiar, trabalhando valores como o respeito, por exemplo, porque estes “faltam” às crianças e aos jovens. Assim, esses educadores não se sentem implicados ou corresponsáveis com esta formação. O desenvolvimento da moralidade, portanto, não é visto pelos professores como sendo uma tarefa da escola.

Precisamos refletir que, em nossa sociedade, existem duas instituições formalmente responsáveis pela educação do ser humano: a família e a escola, que têm caráter diferenciado, bem como funções e objetivos distintos. A educação informal, no sentido de não sistematizada ou não intencional, começa desde que o indivíduo nasce e, aos poucos, se relaciona com as pessoas que convive em casa e na comunidade. É no espaço familiar que acontece a socialização primária, ou seja, a criança aprende atitudes fundamentais que, gradualmente, a faz diferenciar o certo do errado, de acordo com a comunidade na qual está inserida. Neste espaço também se dá o aprendizado para a vida privada, em que as relações são assimétricas, isto é, os pais têm mais autoridade e poder que os filhos. Assim, os papéis se conservam, ou seja, a mãe nunca deixará de ser a mãe e pai e filho idem, mesmo que o filho brigue ou desobedeça, o que não ocorre na escola, na qual a manutenção das relações depende muito das ações de cada um.

Além da família, a criança interage com outros ambientes e instituições, principalmente com a escola, que promove a educação para outro espaço social: o público. Ao ingressar na escola, a criança, que ocupa lugar privilegiado no seio familiar, torna-se “igual aos demais”, dando início a uma nova aprendizagem e fazendo a passagem da vida privada para a pública. É nessa instituição, formalmente responsável pela educação em nossa sociedade, que a criança experimenta a igualdade e aprende a lidar com a diversidade. Inicia-se então, a socialização secundária, que consiste no ensino dos conhecimentos e na aprendizagem dos valores sociais. É na escola que o aluno tem a oportunidade de aprender a viver em uma sociedade democrática que envolve o reconhecimento do outro e a busca por coordenar perspectivas distintas, administrar conflitos de forma justa e, por meio do diálogo, estabelecer relações e perceber a necessidade das regras para se viver bem. O fato de a escola e de a família possuírem papéis complementares não significa que se houver falha na primeira socialização, a segunda não terá êxito.
Pesquisas indicam que muitos professores consideram a família como principal causa dos problemas tanto de aprendizagem como de comportamento. Alegam que as crianças têm baixo rendimento ou são indisciplinadas porque vêm de lares “desestruturados” e que os pais não “transmitem mais valores”, não “colocam limites” ou “nunca têm tempo”. Poucos educadores citam as questões pedagógicas ou a qualidade das relações interpessoais na escola como fonte dos problemas. Dessa forma, não há o que mudar, pois as causas são externas à instituição escolar. Esses dados mostram que a escola se isenta de uma revisão interna, já que o problema é quase sempre deslocado para fora de seu domínio. Não se pode pensar na estruturação escolar separadamente da familiar, contudo, é preciso modificar a crença na impotência da escola perante a família.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

MAIS CONSCIÊNCIA

A palavra Akatu vem da união dos termos da língua tupi “A”, que significa semente e mundo, e “Katu”, bom e melhor. Sendo assim, Akatu pode ser entendido, ao mesmo tempo, como “semente boa” e “mundo melhor”. Ou ainda, a semente boa para um mundo melhor, um indivíduo bom para um mundo melhor. A partir dessa visão que parte do micro para o macro, o Instituto Akatu atua para transformar a prática individual do consumo a fim de obter um mundo mais sustentável.

Consumir conscientemente é levar em conta quais serão os impactos econômicos, ambientais e sociais, a partir da aquisição de um bem ou de um serviço. O Instituto Akatu acredita que é preciso sensibilizar as pessoas para modificar suas atitudes em um mundo que as impulsiona a consumir desenfreadamente.

O Akatu desenvolve pesquisas, dinâmicas, jogos, conteúdos e metodologias para amparar suas ações, que estão divididas em duas modalidades principais: a Comunicação e a Educação. A partir dos meios de comunicação mais convencionais, e principalmente no seu site, o Instituto divulga dados e propagandas para disseminar o consumo consciente.

Empresas parceiras também se beneficiam dessas pesquisas para difundir práticas transformadoras de consumo a seus clientes. O Instituto Akatu também atua diretamente em comunidades e instituições de ensino por meio de palestras de sensibilização e capacitação de formadores de opinião para poder trabalhar o conceito do consumo consciente em larga escala.

O Instituto é dirigido por Helio Mattar, que abriu mão de uma bem-sucedida carreira executiva para se dedicar ao Terceiro Setor. Segundo ele, não trabalha mais pela satisfação profissional, e sim pelo seu projeto de vida.


Se você quer saber mais sobre o Instituto Akatu, e até como se tornar um parceiro, acesse o sitehttp://akatu.org.br.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Ausência dos pais na escola

Todo educador sabe o quanto é importante à participação dos pais dos alunos no desempenho escolar. A criança cuja família participa deforma mais direta no cotidiano escolar, apresenta um desempenho superior em relação a que os pais estão ausentes do seu processo educacional.

Atualmente as famílias apresentam fatores comuns que reflete no desenvolvimento escolar de alguns alunos: Falta o amor; e em outras o diálogo não existe. A preparação para a vida, a formação da pessoa, a construção do ser são responsabilidades da família. Sisto (2000) cita que “vivemos numa sociedade em que a unidade familiar se encontra desgastada e um dos motivos pode ser a falta de tempo para o convívio familiar (a luta pela sobrevivência é um fator real em grande parte das famílias no Brasil.

Grande parte dos  alunos  de escolas públicas vem de lares desestruturados, são filhos de pais separados, por isso apresentam comportamento  agressivo, a falta de interesse dos pais em conhecer e acompanhar a vida escolar de seus filhos. Infelizmente essa situação contribui para mais violência na sociedade, mãos de obra mais Barata e despreparada, que dificilmente terá um futuro de conforto e uma imagem respeitada perante a sociedade que estão inseridos.

A Ausência dos Familiares no Processo de Construção dos Saberes: Saber Ser e Saber Agir de Seus Filhos Na Educação Profissional

A construção de valores nos indivíduos é realizada por meio de um processo lento e gradativo. As famílias transferiram para as escolas técnicas a responsabilidade da formação dos valores ser e agir que são essenciais para a interação com o meio em que vivem e o mercado de trabalho.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Redação do Enem 2014: texto da BBC Brasil serviu de base

Um texto publicado pela BBC Brasil sobre a polêmica em torno da publicidade infantil foi usado como base para a prova de redação do Enem de 2014.
Com um jornalismo que busca, sempre, a imparcialidade e também inserir o Brasil em um contexto internacional, a BBC Brasil vem aumentando seu número de leitores no País. Em outubro, nosso conteúdo em português alcançou 11,8 milhões de usuários únicos.
O conteúdo da BBC Brasil está disponível no nosso site (www.bbcbrasil.com), nos principais canais de mídia social, como Facebook, Twitter e Google + e também pelo celular com um novo site que se adapta automaticamente a qualquer formato de dispositivo móvel.
Veja abaixo, o texto que serviu de base para a prova de redação do Enem de 2014.
A aprovação neste mês de uma resolução que considera abusiva a publicidade infantil, emitida pelo Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), deu início a um verdadeiro cabo de guerra envolvendo ONGs de defesa dos direitos das crianças e setores interessados na continuidade das propagandas dirigidas a esse público.
A resolução do órgão, ligado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, abrange anúncios com linguagem, trilhas sonoras e distribuição de brindes de apelo ao público infantil em anúncios em mídias como TV, sites, rádio, revista e jornal, assim como propagandas em embalagens e merchandising.
Elogiada por pais, ativistas e entidades preocupadas com o crescimento dos índices de obesidade infantil, como o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), ela estabelece como abusiva toda a propaganda dirigida à criança que tem "a intenção de persuadi-la para o consumo de qualquer produto ou serviço" e que utilize aspectos como desenhos animados, bonecos, linguagem infantil, trilhas sonoras com temas infantis, oferta de prêmios, brindes ou artigos colecionáveis que tenham apelo às crianças.
Ficam de fora, segundo a resolução, campanhas de utilidade pública referente "a informações sobre boa alimentação, segurança, educação, saúde, entre outros itens relativos ao melhor desenvolvimento da criança no meio social".
Ainda há dúvidas, porém, sobre como será a aplicação prática da resolução. E associações de anunciantes, emissoras, revistas e de empresas de licenciamento e fabricantes de produtos infantis criticam a medida e dizem não reconhecer a legitimidade constitucional do Conanda para legislar sobre publicidade e para impor a resolução tanto às famílias quanto ao mercado publicitário.

O debate sobre a validade da resolução também envolve a questão de como serão aplicadas punições, o que torna a questão ainda mais complicada e intensifica a disputa jurídica sobre ela.