domingo, 23 de dezembro de 2012

E AÍ PROFESSOR!


Saúde e qualidade vocal do professor
O professor tem, no exercício de sua atividade profissional, o poder de transformar a nossa sociedade; através da educação tornar os sonhos realidade e levar um indivíduo aonde nem ele mesmo sonha ser capaz chegar. O desejo de ensinar, aliado ao conhecimento, à arte e à criatividade exige de si um constante aperfeiçoamento.
E esse aperfeiçoamento não se limita apenas ao campo cultural, atinge também os aspectos físicos e vocais.
Pesquisas e estudos realizados por profissionais da área da saúde em todo mundo são unânimes em considerar o professor como o profissional da voz com maior risco de desenvolver algum tipo de alteração vocal. Essa patologia também é conhecida como “transtorno vocal ocupacional”. Fatores como ruídos de fundo, acústica pobre da sala, distância interfalantes, qualidade do ar, demanda vocal, doenças respiratórias associadas à resistência vocal baixa e à técnica pobre contribuem para o aparecimento de lesões nas pregas vocais e rouquidão.
Geralmente, esses problemas são acarretados pela rotina que o educador enfrenta. Ele, muitas vezes, precisa lidar com a indisciplina e a falta de limites de alguns alunos e, ao tentar controlar a situação, acaba cometendo constantes abusos vocais.
O mais comum é o educador ajustar o tom de sua fala de acordo com o nível de pressão sonora do ambiente. Ou seja, o professor com menor consciência e percepção da voz fala mais alto, geralmente com a frequência mais aguda, e não percebe o esforço na produção da voz. Essa prática é conhecida como efeito Lombard.
Ao adotar algumas medidas preventivas, o educador percebe que a voz é a sua “ferramenta” valiosa, que uma vez saudável, pode tornar a comunicação muito mais prazerosa. A primeira medida a ser compreendida é a de que sintomas como rouquidão, fadiga vocal, pigarro, dores constantes de garganta e sensação de incômodo ao engolir devem ser investigados pelo médico otorrinolaringologista. Qualquer sintoma descrito acima não deve ser negligenciado pelo professor. O diagnóstico rápido e correto indicará o tratamento adequado. Por exemplo, um professor com nódulos vocais (popularmente conhecidos como “calos”) necessita de tratamento fonoaudiológico e quanto mais rápido for identificado, menor será o tempo deste tratamento.

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