A escola
já é por sua própria natureza um grande conselho: um bloco de pais e educadores
que se juntam interessados e comprometidos com uma aprendizagem com sucesso de seus filhos e alunos, respectivamente.
Penso que há na base uma espécie de contrato de confiança que se tece entre
esses educadores e pais. Num ritual de conselho que se insere nesse conselho
original devem ocorrer jogos límpidos. Daqueles em que precisamos saber bem o
caminho das águas. O tom avaliativo que permeia os diversos conselhos
realizados ao longo do ano letivo e mais ainda nos finais é aspecto saudável e
beneficia essa intenção maior e comum: educar as crianças e os adolescentes.
Como se tivéssemos em nossas mãos e aos nossos cuidados o mundo que está por
vir! Avaliar é algo inerente ao ato
educativo de transformar. É matéria do ofício escolar.
Por conta disso a escola não se fecha para balanço.
Mas se abre. Algo como se o letivo do ano vivido dissesse para o novo que está
amanhecendo: aceita sugestões? É pois, tempo de trocar lamúrias ou dores
passadas por algo mais motivador e inteligente: olhar com olhos de quem viveu
todo o planejado e verificar o que é possível redefinir, o que pode se manter e
sobretudo o que se vai ser modificado no próximo ano. Antes que ele chegue de
vez e se instale, soberano. Isto não é tarefa fácil. Mas, qual é?
Acredito que de forma compartilhada, mesmo com olhares divergentes
mas com esforços comuns, podemos desenhar algo viável, plausível,
aprimorado, estimulador. É saudável cada educador questionar sobre
os resultados de algum aspecto de seu trabalho: por que não deu certo? O que me incomoda? O que posso mudar para
o próximo ano? O que me move? Como posso refazer? Colocar na balança uma
ação educativa é tarefa que se faz sozinho e também com toda a equipe
pedagógica. Sempre é tempo de juntar esforços para esse bem comum.
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