O que se aprende primeiro: o escrito ou a escrita?
Disciplina: Língua Portuguesa
Ensino Fundamental: Do 1º ao 5º ano
Assunto: Organização do trabalho de alfabetização
Tipo: Metodologias
Assunto: Organização do trabalho de alfabetização
Tipo: Metodologias
Um aspecto fundamental a ser considerado quando se está alfabetizando é que não é preciso esperar que as crianças saibam grafar a linguagem para produzir textos em linguagem escrita.
Hoje já se sabe que é possível aprender a linguagem escrita antes mesmo de saber grafar a linguagem. Isso porque se compreende que a linguagem escrita não pode ser reduzida ao suporte gráfico, assim como a linguagem oral não pode ser reduzida à materialidade sonora.
Por exemplo, é possível transcrever uma entrevista gravada, uma conversa telefônica, uma palestra. Esses são discursos que foram produzidos oralmente e, no entanto, podem ser transcritos, registrados por escrito. Nesse caso, estaremos grafando a linguagem oral. É por isso que os jornalistas, antes de publicarem entrevistas na mídia impressa, precisam ajustar o texto, procurando aproximar a linguagem oral da linguagem escrita.
Da mesma forma, é possível produzir um discurso em linguagem escrita, ainda que vá ser proferido oralmente, como é o caso de conferências, palestras ou pronunciamentos oficiais, nos quais o registro é formal e o discurso é marcado por uma linguagem característica de situações públicas de comunicação.
Para a alfabetização, essa é uma informação fundamental: mostra que a linguagem escrita pode ser aprendida antes mesmo que o aluno tenha compreendido o sistema de escrita e ainda que não saiba escrever.
Quando um aluno reconta oralmente um conto de fadas que acabou de ouvir, procurando aproximar o reconto da forma como o autor o escreveu, ele estará apreendendo características da linguagem escrita, presente nos textos.
Assim, não é necessário que o professor planeje suas atividades em torno de textos organizados lingüisticamente a partir de uma seleção de “famílias silábicas” específicas, até que o aluno “domine o código” para, só depois, trabalhar com textos efetivos, que circulam em outros lugares que não a escola.
Apesar de se acreditar que esse procedimento facilita a aprendizagem do aluno, essa orientação tem produzido efeitos nefastos, por exemplo, alunos que só produzem “textos” por justaposição de frases, organizadas em períodos simples (quase sempre compostos por sujeito, verbo de ligação e predicativo) — como “A bola é do menino. O menino é levado.” —, os conhecidos “textos cartilhescos”.
Dessa forma, a construção do conhecimento relativa à natureza do sistema de escrita deve acontecer paralelamente — e não anteriormente — à construção de conhecimentos sobre a linguagem escrita.
Hoje já se sabe que é possível aprender a linguagem escrita antes mesmo de saber grafar a linguagem. Isso porque se compreende que a linguagem escrita não pode ser reduzida ao suporte gráfico, assim como a linguagem oral não pode ser reduzida à materialidade sonora.
Por exemplo, é possível transcrever uma entrevista gravada, uma conversa telefônica, uma palestra. Esses são discursos que foram produzidos oralmente e, no entanto, podem ser transcritos, registrados por escrito. Nesse caso, estaremos grafando a linguagem oral. É por isso que os jornalistas, antes de publicarem entrevistas na mídia impressa, precisam ajustar o texto, procurando aproximar a linguagem oral da linguagem escrita.
Da mesma forma, é possível produzir um discurso em linguagem escrita, ainda que vá ser proferido oralmente, como é o caso de conferências, palestras ou pronunciamentos oficiais, nos quais o registro é formal e o discurso é marcado por uma linguagem característica de situações públicas de comunicação.
Para a alfabetização, essa é uma informação fundamental: mostra que a linguagem escrita pode ser aprendida antes mesmo que o aluno tenha compreendido o sistema de escrita e ainda que não saiba escrever.
Quando um aluno reconta oralmente um conto de fadas que acabou de ouvir, procurando aproximar o reconto da forma como o autor o escreveu, ele estará apreendendo características da linguagem escrita, presente nos textos.
Assim, não é necessário que o professor planeje suas atividades em torno de textos organizados lingüisticamente a partir de uma seleção de “famílias silábicas” específicas, até que o aluno “domine o código” para, só depois, trabalhar com textos efetivos, que circulam em outros lugares que não a escola.
Apesar de se acreditar que esse procedimento facilita a aprendizagem do aluno, essa orientação tem produzido efeitos nefastos, por exemplo, alunos que só produzem “textos” por justaposição de frases, organizadas em períodos simples (quase sempre compostos por sujeito, verbo de ligação e predicativo) — como “A bola é do menino. O menino é levado.” —, os conhecidos “textos cartilhescos”.
Dessa forma, a construção do conhecimento relativa à natureza do sistema de escrita deve acontecer paralelamente — e não anteriormente — à construção de conhecimentos sobre a linguagem escrita.
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