sexta-feira, 1 de outubro de 2010

ESTA É A REALIDADE

Preparar para a vida

Pela primeira vez na história do Brasil, esse jovem chega ao ensino médio, que até agora, mesmo com o crescimento significativo da década de 90, tem sido um ponto de ruptura. No ensino fundamental, temos matriculados mais jovens de 15 a 17 anos do que no ensino médio. Isso dá uma diferença interessante entre a taxa de atendimento escolar da faixa etária de 15 a 17 anos, chegando a 70%, e a taxa líquida de escolaridade no ensino médio que não chega a 25%. Esses jovens estão em alguma escola, provavelmente parados no ensino fundamental, vítimas da distorção idade-série. Quanto mais investirmos na qualidade do ensino fundamental e melhorarmos o fluxo, mais diminuiremos a distorção idade-série e melhoraremos as taxas de transição. Conseqüentemente, maior será o desafio no ensino médio e é nessa perspectiva que devemos concebê-lo. Por não termos um ensino médio, podemos inventá-lo quase a partir do zero. Provavelmente, não teremos problema para mudar o ensino médio, mas para construí-lo a partir dos referentes pequenos de que ele só serve como passagem para o ensino superior. A lei garante que o ensino médio é terminal, no sentido de preparação para a vida, o exercício da cidadania e o trabalho em equipe, bem como para a aquisição de competências gerais ligadas à polivalência, flexibilidade, capacidade de raciocínio e convivência solidária. Tudo isso sempre foi o conjunto de objetivos da educação geral, mas agora coincidem e se aproximam cada vez mais das demandas do mercado de trabalho. É outro movimento inédito na história do País, que ocorre em função de mudanças na organização do trabalho, no tipo de sociedade e nas tecnologias de informação.

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